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Bebê no plenário e protestos com correntes e esparadrapos paralisam Congresso

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Parlamentares da oposição utilizaram várias estratégias recentemente para tentar bloquear as atividades tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, em meio à pressão pela aprovação do Projeto de Lei da Anistia e ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento foi iniciado após a decisão do magistrado de colocar Jair Bolsonaro sob prisão domiciliar.

Depois de horas de tumulto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu reassumir seu posto na Mesa Diretora e iniciou oficialmente a sessão por volta das 22h25. A sessão foi encerrada após um discurso breve onde ele defendeu a importância do diálogo.

“Vivemos um acúmulo de acontecimentos recentes que geraram esse clima de tensão no Congresso. Isso não é comum e os tempos que atravessamos também não são normais. Mas é nessas situações que não podemos negociar nossa democracia e o valor maior para esta Casa, que é a capacidade de dialogar, enfrentar desafios e permitir que a maioria prevaleça”, declarou Hugo Motta.

A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) trouxe sua bebê de quatro meses ao plenário na noite de quarta-feira, dia 6, ficando ao lado de outros parlamentares na Mesa Diretora com a criança no colo durante o dia inteiro.

“Quem ataca minha bebê não se preocupa com a integridade da criança – nenhum abortista jamais se preocupou. Eles querem inviabilizar a atuação profissional de uma mulher usando uma criança como escudo. Canalhas!”, escreveu a parlamentar em sua rede social X.

Outros deputados, como Hélio Lopes (PL-RJ), usaram esparadrapos na boca e nos olhos para criticar a suposta censura sofrida por bolsonaristas.

Antes da retirada da obstrução, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que Hugo Motta indicou que os deputados que impedissem sua posse na Mesa seriam suspensos por seis meses. Apesar da resistência inicial dos bolsonaristas, eles acabaram recuando.

A sessão não foi iniciada no horário previsto das 20h30 devido à tensão, que envolvia a expectativa da volta de Hugo Motta à Mesa Diretora e a possibilidade de intervenção da Polícia Legislativa.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) chegou a pedir que os parlamentares de oposição saíssem da Mesa, mas continuassem o trabalho de obstrução no plenário, justamente pela possibilidade de intervenção policial.

No Senado, Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas (PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) acorrentaram-se à Mesa que comanda as sessões. Eles se revezaram durante a madrugada para ocupar os plenários de ambas as Casas e rezaram com o auxílio de um pastor através de chamada de vídeo. Um auditório do Senado também foi ocupado pelos bolsonaristas depois de rumores que o local seria usado para a sessão oficial.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) participou do ato, aparecendo em algumas imagens descalço no plenário e usando tornozeleira eletrônica, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes após sua viagem não autorizada aos Estados Unidos no começo da semana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou firmemente que não aceitará intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência da Casa. “O Parlamento não será refém de ações destinadas a desestabilizar seu funcionamento”, garantiu. Foi determinada a realização de uma sessão remota na quinta-feira às 11h.

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