Economia
Black Friday 2025 deve registrar vendas recordes de R$ 5,4 bilhões
As vendas durante a Black Friday deste ano, que ocorreu na última sexta-feira de novembro, devem atingir um valor histórico de R$ 5,4 bilhões, o maior já registrado desde 2010. Essa previsão é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na última quarta-feira, 19.
Se confirmada, essa cifra representa um crescimento de 2,4% em relação ao volume comercializado no mesmo período de 2024.
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, afirmou em comunicado oficial: “Embora enfrentemos um cenário econômico incerto, com elevado endividamento das famílias brasileiras, esperamos um aumento nas vendas da Black Friday este ano.”
De acordo com a CNC, o endividamento elevado das famílias, o aumento da inadimplência e o encarecimento do crédito limitam um crescimento maior das vendas. Entretanto, fatores como uma taxa de câmbio mais favorável e o baixo índice de desemprego devem alavancar esse aumento.
Nos últimos doze meses, a taxa média do câmbio em relação ao dólar caiu 8,3%. Atualmente, o dólar está cotado abaixo de R$ 5,30, favorecendo o poder de compra do real, diferentemente de novembro de 2024, quando o dólar esteve em torno de R$ 5,80.
Além disso, o mercado de trabalho tem se apresentado de forma positiva, com níveis recorde de baixa taxa de desemprego, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso tem contribuído para um aumento na atividade do varejo. No segundo trimestre deste ano, a massa real de rendimentos cresceu 5,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Para a Black Friday de 2025, espera-se que 68% das vendas sejam concentradas em hipermercados e supermercados (R$ 1,32 bilhão), eletroeletrônicos e utensílios domésticos (R$ 1,24 bilhão) e móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão). Outros setores importantes incluem vestuário e acessórios (R$ 0,95 bilhão) e farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 0,38 bilhão).
A CNC destaca que a Black Friday é a quinta data mais relevante para o comércio varejista, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Em um estudo realizado com preços diários de 150 produtos em 30 categorias ao longo dos últimos 40 dias, a CNC avaliou a possibilidade de descontos reais durante a campanha de liquidações.
O levantamento indicou que 70% das categorias possuem um alto potencial para redução efetiva dos preços na data, especialmente produtos de papelaria (-10,14%), livros (-9,02%), joias e bijuterias (-9,01%), perfumaria (-8,20%), utensílios domésticos (-8,18%) e itens de higiene pessoal (-8,11%) nos últimos 40 dias.

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