Economia
BNDES anuncia novo aporte de US$ 2 bilhões para Fundo Clima em 2025

Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relacionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revelou nesta sexta-feira (4) que o Fundo Clima já recebeu investimentos de US$ 2 bilhões durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, está previsto para este ano um novo aporte de US$ 2 bilhões por meio de captações internas e internacionais conduzidas pelo Tesouro Nacional.
Segundo o diretor do BNDES, esse fundo possibilita oferecer financiamentos com taxas reduzidas, pois o Tesouro Nacional do Brasil assume o risco cambial, viabilizando investimentos em áreas como transição energética, desenvolvimento urbano, incremento da eficiência produtiva e redução da emissão de carbono.
Barbosa fez essas declarações durante o 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos Brics, onde representou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Ele ressaltou a urgência da questão climática, afirmando que “a mudança climática já chegou e não há tempo a perder” e destacou que o Brasil está entre os países que mais sofrem com as transformações climáticas.
O diretor enfatizou ainda a importância do setor agropecuário para a economia brasileira, que é fortemente dependente das condições de chuva, assim como as hidrelétricas, que têm papel relevante na matriz energética do país. Ele destacou três grandes mudanças que o Brasil enfrenta: a transição climática e energética, a mudança demográfica e a evolução tecnológica.
Sobre a transição demográfica, Barbosa defendeu um aumento nos investimentos voltados para a economia dos cuidados. Quanto à inteligência artificial, ele destacou o papel do governo em gerenciar essa mudança para não frear o progresso tecnológico, que tem potencial para alterar significativamente o mercado de trabalho, tanto criando quanto eliminando empregos.
Nelson Barbosa explicou que o BNDES busca aproveitar oportunidades, operando com duas modalidades: cerca de dois terços com taxas de mercado e um terço com taxas concessionais. Ele aproveitou para agradecer ao Novo Banco de Desenvolvimento pelos financiamentos concedidos ao BNDES, que somam até o momento US$ 1,7 bilhão.

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