Boeing conclui compra da fornecedora Spirit

A Boeing anunciou nesta segunda-feira (8) que finalizou a compra da empresa aeroespacial Spirit AeroSystems, um movimento que vai facilitar suas operações e aprimorar o controle de qualidade da gigante norte-americana da aviação.

O fechamento deste negócio, anunciado em julho de 2024, ocorre em um momento considerado “crucial” pelo presidente executivo Kelly Ortberg.

O acordo soma 8,3 bilhões de dólares (R$ 45 bilhões, na cotação atual), incluindo a dívida da Spirit que foi assumida pela Boeing.

“Ao receber nossos novos colegas e unir as duas empresas, nosso objetivo é manter a estabilidade para continuar entregando aviões de alta qualidade, serviços diferenciados e capacidades avançadas de defesa para nossos clientes e setor”, disse Ortberg.

A Spirit, com sede em Wichita, Kansas, fabrica fuselagens para aviões comerciais, além de componentes importantes para projetos de defesa e espacial.

A conclusão desta aquisição seguiu as aprovações antitruste nos Estados Unidos e Europa, que incluíram a venda para a Airbus de todos os negócios da Spirit que atualmente abastecem o grupo aeroespacial europeu, concorrente principal da Boeing.

Essa transação traz a Spirit de volta à Boeing após quase vinte anos desde quando a gigante vendeu seus ativos para reduzir custos e melhorar a integração em larga escala dos seus sistemas.

Nos últimos anos, a Boeing enfrentou desafios significativos, incluindo dois acidentes fatais com o 737 MAX em 2018 e 2019, causados parcialmente por um problema no sistema de estabilização de voo, além de um incidente em janeiro de 2024, quando um avião da Alaska Airlines precisou fazer um pouso de emergência devido ao desprendimento de uma peça da fuselagem do 737 MAX.

Após o episódio com a Alaska Airlines, a Boeing intensificou suas práticas de controle de qualidade sob rigorosa supervisão das autoridades de aviação dos EUA e realizou mudanças em posições-chave, como a troca do diretor executivo e do chefe da aviação comercial.