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Bolsonaristas ocupam Senado e evento é transferido para auditório
A ocupação da Mesa Diretora por senadores da oposição como forma de protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) forçou a realização de um evento preparatório para a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em um local diferente do usual no Senado Federal.
Sem poder usar o plenário, a 2ª Cúpula Parlamentar sobre Mudança Climática e Transição Justa da América Latina e do Caribe foi realizada em um auditório na Casa.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), esperado para comparecer, não esteve presente. A abertura do evento ficou a cargo do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
“Quero, por uma questão de justiça, elogiar toda a equipe do Senado brasileiro, pois tivemos que mudar rapidamente o local do evento e eles adequaram o espaço de forma eficiente”, destacou.
Diplomatas de países como Dinamarca e Haiti participaram do encontro.
Na terça-feira, os bolsonaristas afirmaram que Alcolumbre planejava transferir a sessão para outro auditório para evitar a ocupação da Mesa. Conforme relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que também foi até esse auditório para ocupar a mesa, havia câmeras, luzes e assessores no local.
Em comunicado, Alcolumbre classificou a ocupação das Mesas da Câmara e do Senado pela oposição como um ato arbitrário que fere os princípios democráticos.
“O Parlamento tem obrigações essenciais com o país para a apreciação de matérias importantes. A obstrução das Mesas Diretoras que impeça o funcionamento das Casas é um exercício arbitrário dos próprios motivos, algo incomum e contra os princípios democráticos”, afirmou o presidente do Senado.
Nas duas Casas legislativas, está prevista uma reunião entre líderes para discutir a ocupação das Mesas Diretoras.
Quando questionado, Flávio Bolsonaro comentou que os protestos dos parlamentares bolsonaristas estão trazendo resultados: “É bom ver que agora Alcolumbre está disposto a dialogar. Parece que o protesto funcionou.”
A iniciativa da obstrução foi divulgada por Flávio Bolsonaro e outros parlamentares opositores na terça-feira. Para liberar a votação das pautas, deputados e senadores exigem a aprovação de um conjunto de medidas em defesa do ex-presidente.
Chamado de “pacote da paz”, esse conjunto tem o objetivo de amenizar a relação entre os Três Poderes. As propostas incluem anistia ampla, geral e irrestrita para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, o impeachment do ministro Moraes e uma proposta de emenda à Constituição para acabar com o foro privilegiado.

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