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Bolsonaro deixa hospital com anemia e pneumonia leve

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta no domingo (14) da tarde do hospital DF Star, localizado na Asa Sul, em Brasília. Ele passou por exames laboratoriais e procedimentos dermatológicos. O relatório médico divulgado após a saída indicou um quadro de anemia por deficiência de ferro e uma imagem residual de pneumonia detectada em uma tomografia recente.
De acordo com o boletim, “os exames laboratoriais mostraram anemia causada por deficiência de ferro e a tomografia de tórax revelou sinais residuais de uma pneumonia recente associada à broncoaspiração”.
Esta foi a primeira vez que o ex-presidente saiu de casa depois de ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde antes da condenação, Bolsonaro estava em prisão domiciliar por suspeita de desacato à Justiça, e para esta saída foi necessária autorização do ministro Alexandre de Moraes.
O acesso ao hospital foi organizado com rigorosas medidas de segurança, incluindo escolta policial, verificações na entrada e revistas em mochilas dos apoiadores presentes.
Bolsonaro chegou ao hospital às 8h acompanhado por uma escolta de oito veículos. Alguns apoiadores estavam aguardando o ex-presidente no local, que fez um trajeto maior para evitar passar pelo setor de embaixadas.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, estava presente e criticou o rigoroso esquema de segurança, afirmando que eram vigilantes armados cuidando como se um senhor de 70 anos pudesse escapar por uma janela, semelhante à sua prisão domiciliar.
O relatório detalha que o motivo da visita hospitalar foi a remoção de duas lesões cutâneas, uma pintinha benigna no tronco e outra lesão suspeita que será analisada em biópsia.
A defesa do ex-presidente terá até 48 horas para entregar um atestado médico ao STF.
Os procedimentos realizados foram simples comparados às cirurgias anteriores enfrentadas por Bolsonaro. Em abril, ele passou por uma complexa cirurgia de reconstrução da parede abdominal que durou 12 horas, após a qual permaneceu internado por 21 dias.
No mês anterior, já sob prisão domiciliar, ele realizou exames extensivos que indicaram persistência de esofagite e gastrite, além de imagens residuais de infecções pulmonares.
Bolsonaro enfrenta um problema recorrente de soluços intensos que, durante as crises, dificultam sua fala e causam vômitos, sequelas do atentado a faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018.
Esta condição clínica delicada pode fundamentar um pedido da defesa para cumprimento da pena em regime domiciliar, a ser analisado após a publicação do acórdão do julgamento.
Histórico das cirurgias de Bolsonaro após atentado
- 6 de setembro de 2018: Cirurgia emergencial em Juiz de Fora (MG) após esfaqueamento durante a campanha.
- 12 de setembro de 2019: Operação para desobstrução intestinal em São Paulo.
- 28 de janeiro de 2019: Retirada da bolsa de colostomia colocada na recuperação da facada.
- 8 de setembro de 2019: Correção cirúrgica de hérnia na cicatriz da operação anterior.
- 12 de setembro de 2023: Cirurgia para correção de hérnia de hiato visando tratamento de refluxo.
- 13 de abril de 2025: Complexa cirurgia abdominal de 12 horas para liberar aderências e reconstruir a parede abdominal.
Após essa intervenção longa, o último comunicado médico indicou que Bolsonaro estava estável, sem dores, e recebendo cuidados intensivos, incluindo suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções. A obstrução intestinal foi causada por uma dobra no intestino delgado que foi corrigida durante o procedimento.

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