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Bolsonaro diz que Wajngarten não é criminoso e está firme no cargo

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Secretário é dono de empresas cujos clientes são atingidos pelas políticas definidas pela Secretaria de Comunicação, que está sob sua responsabilidade

Fabio Wajngarten: Polícia Federal abriu inquérito para investigar secretário por peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa (Alan Santos/PR/Flickr)

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o titular da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, não é um criminoso e está “mais firme do que nunca” no cargo.

A Polícia Federal abriu na terça inquérito para investigar Wajngarten por peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa.

O secretário é dono de empresas cujos clientes são diretamente atingidos pelas políticas de comunicação definidas pela Secom, como mostrou o jornal Folha de S.Paulo.

“Olha só, o que eu posso te falar. Não foi a PF que abriu. O MP que pediu para que fosse investigado. Então é completamente diferente do que você está falando. Dá a entender que ele é um criminoso. Não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele”, disse Bolsonaro ao ser perguntado sobre situação do secretário ao sair do Palácio da Alvorada.

De acordo com reportagens da Folha de S.Paulo, Wajngarten deixou a direção da empresa que possui, mas não a sociedade. A empresa, FW Comunicações, tem contratos com emissoras de TV, como Record e Band, que recebem parte das verbas publicitárias do governo federal, e também com agências como a Artplan, que prestam serviços à Secom.

O jornal mostrou ainda que os clientes de Wajngarten ampliaram sua fatia nos negócios federais desde que ele assumiu o cargo, em abril de 2019. Além disso, o secretário teria negado, ao responder um questionário da Comissão de Ética da Presidência, que tivesse atuado na área nos meses antes de assumir a Secom.

Segundo Bolsonaro, a imprensa precisa “mudar o disco”.

“Está um mês batendo no Wajngarten. Muda o disco. Wajngarten continua mais firme do que nunca”, garantiu.

Em nota divulgada na terça, o secretário disse que o inquérito da PF servirá para provar que não cometeu nenhuma irregularidade à frente da Secom.

 

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