Bolsonaro é preso antes de receber Tarcísio e Derrite

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi detido na manhã deste sábado (22/11), poucos dias antes de uma visita planejada dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), antigo secretário de Segurança Pública de São Paulo. Também estava previsto receber o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia autorizado uma nova série de visitas ao ex-presidente em 13 de novembro, atendendo a um pedido oficial da defesa. Um cronograma foi determinado com datas entre 24 de novembro e 11 de dezembro, mas foi interrompido. Após desrespeitar a tornozeleira eletrônica, Bolsonaro foi conduzido à sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.

O primeiro encontro estava marcado com Castro em 26 de novembro. Posteriormente, Derrite visitaria em 1º de dezembro, Caiado em 9 de dezembro, e Tarcísio no dia seguinte, em 10 de dezembro. Todas essas visitas ocorreriam em meio às discussões do PL Antifacção, do qual Derrite é relator, mas agora foram suspensas.

Na manhã deste sábado, agentes da Polícia Federal chegaram ao Condomínio Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico, e levaram o ex-presidente para a Superintendência Regional da PF no Distrito Federal. O ministro Moraes ordenou a prisão preventiva de Bolsonaro, antes da execução da pena a que ele foi condenado no inquérito que apura tentativa de golpe.

A medida aconteceu após Bolsonaro violar as condições de uso da tornozeleira eletrônica. Ele foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado. Desde 4 de agosto deste ano, o ex-mandatário cumpria prisão domiciliar, que foi adotada devido ao descumprimento de medidas cautelares em outro processo. No próximo domingo (23/11), o ex-presidente passará por audiência de custódia.