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Bolsonaro reafirma inocência e descarta prisão domiciliar

Jair Bolsonaro, ex-presidente e atualmente filiado ao PL, afirmou que não solicitará prisão domiciliar caso a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceite o pedido de condenação feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). “Não peço nada, sou inocente, e nem penso em prisão”, declarou nesta quinta-feira, dia 17.
A declaração foi dada durante entrevista no Senado Federal, após visitar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ex-presidente reafirmou sua inocência no episódio da tentativa de golpe e manifestou esperança de que as eleições para o Senado, previstas para 2026, fortaleçam seu embate com o Poder Judiciário.
“As eleições para o Senado são de grande importância. Queremos que esse órgão seja forte para garantir o equilíbrio entre os poderes”, comentou.
No dia 14, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de Bolsonaro por envolvimento em um plano golpista.
A PGR solicitou a condenação por cinco crimes: liderar organização criminosa armada, tentativa violenta de abolir o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com violência e grave ameaça ao patrimônio público, causando prejuízos significativos. A soma máxima das penas pode atingir 43 anos de prisão.
Bolsonaro contestou a acusação: “Nada me liga a esses atos. Pessoas inocentes estão presas, talvez para justificar a meu respeito. Quarenta anos de cadeia. Isso é justiça?” Ele estava acompanhado do filho e de deputados do PL.
Além disso, o ex-presidente sinalizou disponibilidade para negociar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a fim de amenizar o conflito tarifário entre os países.
Segundo ele, poderia evitar a investigação e as tarifas de 50% aplicadas ao Brasil: “Acredito que uma conversa com o presidente Trump teria êxito. Estou disponível. Se me fornecer um passaporte, podemos negociar.” Em fevereiro de 2024, seu documento foi retido pela Polícia Federal durante essa investigação.
Desde a aplicação das sanções americanas, o deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, condiciona o possível alívio americano a uma anistia ampla e irrestrita aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Bolsonaro comentou: “Suponha que ele queira anistia, isso seria demais?” e destacou o impacto das medidas impostas por Trump. “Todos serão afetados, principalmente os mais pobres.”
Uma pesquisa Genial/Quaest de 16 de abril mostra que a maioria da população brasileira desaprova as justificativas de Trump para as tarifas sobre produtos importados.
Setenta e dois por cento consideram errada a imposição dessas taxas com o argumento de perseguição judicial contra Bolsonaro.
Ao ser questionado sobre a pesquisa, o ex-presidente expressou ceticismo quanto à sua validade e negou responsabilidade pela ação de Trump. “Eu sou o culpado? Ele está agindo assim no mundo todo”, disse.

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