Conecte Conosco

Notícias Recentes

Bolsonaro revoga MP verde e amarela para salvar o texto de caducar

Publicado

em

A MP cria condições de facilitação para contratação de adultos entre 18 e 29 anos, mas era criticada pela oposição por suprimir direitos trabalhistas e criar toda uma classe de empregados precarizados

(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, revogou a Medida Provisória 905/2019, batizada de MP do contrato verde e amarelo. A MP cria condições de facilitação para contratação de adultos entre 18 e 29 anos, mas era criticada pela oposição por suprimir direitos trabalhistas e criar toda uma classe de empregados precarizados. O texto estava condenado à morte, pois caducaria hoje, o que impediria o governo de voltar a propô-lo tão cedo. Com a revogação na tarde desta segunda-feira (20/4), Jair Bolsonaro e a equipe econômica tem a possibilidade de reeditar o texto, que contava com apoio da maioria dos parlamentares.
A recomendação para que o governo revogasse o texto veio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que prometeu que tentaria salvar a medida durante o fim de semana. Se Bolsonaro age para salvar a MP aos 45 minutos do segundo tempo, foi ele próprio que a empurrou para o abismo antes. A Câmara já havia aprovado a matéria, que seria discutida no Senado na última sexta-feira (17), porém, um dia antes, o chegfe do Executivo deu uma entrevista à rede de TV CNN atacando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, consequentemente, o Legislativo.
Em um informe oficial, a presidência do Senado confirmou a revogação da MP que resultou no cancelamento da sessão deliberativa remota convocada para esta segunda. “O Presidente da República atendeu ao pleito manifestado pelo Senado e decidiu revogar a MP 905, do Contrato Verde e Amarelo, reeditando suas partes mais relevantes na sequência. Essa medida é importante para que o Congresso Nacional possa aperfeiçoar esse importante programa e garantir o emprego dos brasileiros”, afirma o texto.
Na sexta, os líderes pediram a retirada da MP da pauta. O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) ainda tentou dissuadir os demais parlamentares. Mas, além da entrevista do presidente, outros fatores concorreram para incapacitar a MP. Um dos motivos foi a demora de deputados de mandarem o texto para a apreciação dos senadores. Também seria necessário negociar com deputados possíveis alterações no texto. Mais uma vez, depois da entrevista, não houve disponibilidade.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados