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Brasil alerta sobre tensão entre Venezuela e EUA

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O ministro da Defesa, José Múcio, expressou preocupação de que a tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos possa se aproximar da fronteira brasileira. Ele ressaltou que as Forças Armadas brasileiras reforçaram a presença na região antes do aumento das tensões recentes.

“Estamos atentos para proteger nossa fronteira e evitar que ela se torne uma zona de conflito. O Brasil é um país pacífico e investe em suas forças para proteger seu território, não para invadir áreas alheias”, afirmou José Múcio após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o ministro, o Brasil realiza operações permanentes na fronteira com a Venezuela e já havia planejado para 2024 a Operação Atlas, destinada a reforçar a segurança da área, especialmente nas regiões de difícil acesso.

“Movimentamos tropas para reforçar a segurança pensando também na COP30. Este conflito inesperado não tem como objetivo ajudar qualquer lado, mas garantir a integridade da fronteira brasileira”, declarou ele.

Em dezembro de 2023, tropas brasileiras foram enviadas para a fronteira no contexto de disputas entre o governo venezuelano de Nicolás Maduro e a Guiana pela área do Essequibo.

Analogia do conflito

Referindo-se à crise entre Venezuela e EUA, José Múcio comparou a situação a uma “briga de vizinhos”, ressaltando que o Brasil não deseja ser envolvido no conflito.

“É como quando um vizinho tenta mexer nas coisas da minha casa — queremos que tudo passe sem maiores problemas, pois cada um tem seus motivos, mas não queremos que interfiram em nosso espaço”, explicou.

Parceria regional

Recentemente, o Brasil assinou um acordo com vários países da América Latina e do Caribe demonstrando preocupação com a presença militar americana próxima à costa da Venezuela.

Contexto militar

O governo dos Estados Unidos tem deslocado navios e um submarino para a região venezuelana sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas, acusando o governo de Maduro de liderar um cartel do narcotráfico. Essas acusações são rejeitadas pela Venezuela, que considera a iniciativa dos EUA uma tentativa de mudança de regime no país, que detém as maiores reservas de petróleo do mundo.

Especialistas consultados afirmam que classificar a Venezuela como um “narcoestado” não é correto.

Recentemente, o presidente Nicolás Maduro solicitou uma redução das tensões para evitar um conflito, afirmando que os EUA devem desistir de seus planos de mudança violenta de regime na Venezuela e respeitar a soberania e a paz da região.

Eventos recentes

Na quinta-feira, o Departamento de Defesa dos EUA acusou a Venezuela de realizar voos militares próximos a um navio americano em águas internacionais, classificando a ação como provocativa e destinada a atrapalhar operações anti-narcotráfico. A Venezuela não comentou a acusação.

Fontes apontaram o envio de dez caças F-35 para Porto Rico, possivelmente para apoiar operações contra cartéis de drogas no Caribe.

Na semana passada, o ex-presidente Donald Trump divulgou vídeo de um ataque contra uma embarcação suspeita de transportar drogas perto da Venezuela, resultando na morte de 11 pessoas. O governo venezuelano acusou os EUA de terem usado inteligência artificial para manipular o vídeo do ataque.

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