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Brasil critica ataque de Israel a jornalistas na Gaza

O governo do Brasil emitiu nesta segunda-feira (11) uma declaração condenando o falecimento de seis jornalistas da emissora Al Jazeera em decorrência de um ataque israelense na Faixa de Gaza, ocorrido no domingo (10).
Os repórteres estavam abrigados em uma tenda próxima ao hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, quando foram alvo de um bombardeio aéreo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “Esse novo ato flagrante que desrespeita o direito internacional humanitário e a liberdade de imprensa pelas forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito, demonstrando as contínuas violações contra profissionais da comunicação”.
O comunicado oficial do governo brasileiro solicita que o governo de Israel garanta o direito dos jornalistas de exercer suas atividades de forma livre e segura em Gaza, além de remover as barreiras atuais que impedem a entrada da imprensa internacional na região.
Ataques e acusações
Entre os jornalistas mortos está Anas Al-Sharif, de 28 anos, que Israel afirma ser um terrorista disfarçado de repórter, alegação que já foi desmentida pela Organização das Nações Unidas, conforme noticiado pela agência RTP.
Israel impede a entrada de veículos de comunicação internacionais em Gaza.
As autoridades israelenses afirmam que Al-Sharif liderava um grupo do Hamas e era responsável por ataques com mísseis contra civis israelenses e tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF), baseando-se em informações dos serviços secretos e documentos encontrados em Gaza.
No mês de outubro de 2024, as Forças de Defesa de Israel designaram Al-Sharif como um dos seis jornalistas da Faixa de Gaza que supostamente pertenciam ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina, citando documentos que indicariam participação em treinamentos específicos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo (10) que iniciaria uma nova operação para eliminar os focos do Hamas em Gaza, onde a crise alimentar piora após quase dois anos de conflito.
A Al Jazeera denunciou que o ataque representa uma tentativa extrema de calar as vozes antes de uma possível ocupação em Gaza. Outros jornalistas que perderam a vida no episódio incluem Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal.

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