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Brasil Deve Tomar dos EUA o Posto de Maior Produtor de Soja
A única barreira até o topo do pódio é o prolongamento das chuvas no cerrado
Os eventos climáticos extremos dos últimos meses — como chuvas torrenciais e secas prolongadas — ameaçam adiar, novamente, a conquista pelo Brasil da liderança mundial na produção de soja. Os sojicultores nacionais apostaram alto na safra 2013-2014, ampliando a área de plantio em mais um milhão de hectares, a maior parte no Mato Grosso. Mas a meta de colher a marca histórica de 90 milhões de toneladas está sendo desafiada há meses pelo mau tempo. “O clima já derrubou os ganhos de produtividade na temporada atual, sem falar da escassez de infraestrutura para escoar os grãos”, lamentou Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja).
Segundo ele, esse cenário já está deixando operadores do mercado da commodity nervosos. Enquanto as estatísticas continuam sendo revisadas e os especuladores interferem nas cotações, o movimento das colheitadeiras se intensifica no campo para evitar novas surpresas que resultem em quebras na safra e, ainda, garantir um novo recorde, entre 86 milhões e 87 milhões de toneladas. Para isso, continua valendo a expectativa de um ganho de eficiência em relação à última safra, de três para 3,15 toneladas por hectare. “Isso garantia mais 3 milhões de toneladas apenas do Mato Grosso”, observou.
A nova previsão permitiria, em tese, o país ultrapassar, enfim, a safra norte-americana da oleaginosa, estimada em 83 milhões de toneladas. Na safra 2012/2013, encerrada em julho do ano passado, o Brasil quase tornou-se o maior produtor mundial. Mas as perdas provocadas pela seca no Nordeste e pelo excesso de chuvas no Sul acabaram derrubando a produção nacional para 81,4 milhões de toneladas — apenas 0,7% menor que a dos Estados Unidos.
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