Brasil
Brasil e EUA devem retomar diálogo após fala de Trump na ONU

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou positivamente a possível reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos. Em entrevista antes da reunião de líderes partidários em Brasília, Motta afirmou ser um constante defensor do diálogo e da diplomacia para resolver as divergências entre Brasil e EUA, especialmente após as tarifas impostas por Trump e as sanções contra autoridades brasileiras e seus familiares.
Motta ressaltou que o governo brasileiro deve dialogar com o americano para superar as questões das tarifas e sanções, buscando retomar a cooperação entre os dois países. Essa declaração foi feita após o presidente dos EUA expressar, na Assembleia Geral da ONU, a intenção de dialogar com Lula na semana seguinte, elogiando o presidente brasileiro como uma pessoa muito agradável com quem teve uma ótima conexão durante um rápido encontro.
Na abertura da Assembleia, Lula criticou as sanções unilaterais dos Estados Unidos e alertou para o crescimento do autoritarismo mundial, afirmando que a democracia e soberania brasileiras são inegociáveis.
Motta espera que o encontro favoreça a solução do impasse entre duas nações com histórias centenárias de relação, reafirmando a força das instituições e da democracia brasileiras, assim como a soberania que não está em pauta, conforme expressado por Lula em seu discurso na ONU. Confia que a diplomacia conduzirá à resolução da situação.
Anistia
Questionado sobre a votação do projeto que propõe anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Motta informou que o relator, deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), ainda está em diálogo com os líderes partidários para discutir o conteúdo da proposta.
Aliados de Bolsonaro defendem que o ex-presidente, condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão, também seja contemplado, entretanto, Paulinho já declarou ser inviável uma anistia ampla e irrestrita.
Com as manifestações recentes contra o projeto e a chamada PEC da Blindagem, a proposta pode perder força, e a Câmara está sob pressão para decidir cuidadosamente.
Motta mencionou que o relator continua conversando com os líderes para elaborar um possível texto, e somente após essas discussões a pauta será definida.

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