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Brasil e México fecham acordos em vacinas de RNA e regulação sanitária

Durante a visita oficial do vice-presidente Geraldo Alckmin, Brasil e México firmaram nesta quinta-feira, 28, dois memorandos de entendimento na área da saúde.
O primeiro acordo foi firmado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo mexicano para colaborar no desenvolvimento e produção de vacinas e terapias utilizando a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA).
O documento foi assinado por Alckmin e pelo secretário de Saúde do México, David Stalnikowitz. Pela Fiocruz, assinou a vice-presidente Priscila Ferraz Soares. Do lado mexicano, o acordo contou com representantes do Ministério da Saúde e da empresa estatal Birmex, responsável pela fabricação e distribuição de vacinas no México.
Geraldo Alckmin comentou que unir a expertise científica do Brasil com a capacidade do México em tecnologia avançada como o mRNA proporciona mais saúde e autonomia para as duas maiores democracias e economias da América Latina.
O principal objetivo deste acordo é criar uma cooperação sólida para a pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia relacionada a produtos feitos com mRNA.
Diferente das vacinas convencionais que utilizam o vírus inativado ou atenuado para estimular a imunidade, a tecnologia do mRNA ensina o organismo a se proteger sem estar diretamente exposto ao agente causador da doença.
O governo brasileiro destacou que essa colaboração representa um avanço estratégico para garantir a autossuficiência da região diante de futuras emergências sanitárias.
A Fiocruz é uma das maiores instituições de pesquisa em saúde do Brasil, enquanto a Birmex é a estatal mexicana que coordena a fabricação e distribuição de medicamentos e vacinas no país.
Memorando entre Anvisa e Cofepris
O segundo memorando foi assinado entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) do México.
Este acordo visa modernizar processos regulatórios e ampliar o acesso a tecnologias de saúde confiáveis e eficazes.
Geraldo Alckmin ressaltou que a parceria permitirá acelerar procedimentos e diminuir custos, beneficiando a população com respostas mais ágeis e reduzindo despesas graças à sinergia entre as agências.
O acordo abrange a regulamentação de produtos como medicamentos, dispositivos médicos, cosméticos, alimentos e bebidas, além de suas matérias-primas.
Além disso, o registro sanitário de dispositivos médicos concedido pelo Brasil poderá ser utilizado como referência para registro no México, e a certificação de Boas Práticas de Fabricação poderá ser agilizada a partir das decisões da Cofepris.
Brasil e México também estabeleceram colaborações em outros setores, incluindo agricultura, biocombustíveis, comércio e atração de investimentos.

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