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Brasil exclui EUA de encontro sobre democracia em Nova York

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Os Estados Unidos não receberam convite para participar da cúpula sobre democracia organizada pelo governo brasileiro em Nova York na próxima semana, segundo apuração do Estadão/Broadcast. Essa exclusão representa uma mudança em relação a 2023, quando os americanos foram convidados.

Fontes consultadas pela reportagem explicam que a ausência dos Estados Unidos este ano está relacionada ao retorno do Donald Trump ao poder e às posições adotadas durante seu mandato.

O evento tem como objetivo discutir ameaças à democracia global e o cerceamento das liberdades promovido por líderes extremistas mundialmente.

Esta será a segunda edição da cúpula realizada paralelamente à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Na primeira edição, estiveram presentes, além do presidente Lula e do presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, representantes de diversos países como Barbados, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, México, Noruega, Quênia, Senegal, Timor Leste, além do presidente do Conselho Europeu à época, Charles Michel, e do secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Guy Rider.

Segundo informações, todos os países que participaram na edição anterior foram convidados novamente, exceto aqueles que passaram por mudanças governamentais para a direita. Entre eles, destacam-se Canadá, México e Estados Unidos, sendo que os dois primeiros continuam sob liderança progressista.

O governo brasileiro entendeu que convidar os Estados Unidos para o encontro não faria sentido, pois o objetivo é discutir formas de combater o extremismo, que representa exatamente a postura do governo Trump. Ainda, outros países como a China também não foram convidados, por não seguirem um modelo democrático.

A ausência dos Estados Unidos foi encarada como uma medida para evitar desconfortos ou interpretações de provocação por parte do governo brasileiro para com Donald Trump. Cerca de 30 países receberam convite para participar, conforme informações de fontes oficiais.

Além disso, o governo brasileiro não planeja promover reuniões com representantes do governo americano para tratar da relação bilateral, incluindo a tarifa de 50% aplicada aos produtos brasileiros.

Integrantes do governo consideram que a atual situação política não favorece negociações produtivas entre os países. Aliados do presidente Lula afirmam que o Brasil não aposta em futuras conversas com Donald Trump ou sua equipe, embora não recusaria qualquer iniciativa americana nesse sentido.

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