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Brasil inaugura Centro de Clima e Saúde focado na Amazônia

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O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (16), em Porto Velho (RO), o primeiro Centro de Clima e Saúde (CCSRO) dedicado especialmente à região amazônica. A cerimônia contou com a presença do ministro Alexandre Padilha e ocorreu na nova sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Rondônia.

Esta iniciativa integra o AdaptaSUS, um plano nacional que engloba 27 metas e 93 ações destinadas a adaptar o setor de saúde às mudanças climáticas até 2035, com um aporte financeiro aproximado de R$ 60 milhões proveniente do Ministério da Saúde e Fiocruz.

Alexandre Padilha salientou que as alterações climáticas influenciam diretamente a saúde pública, e o Centro facilitará o monitoramento contínuo desses impactos, permitindo que as secretarias de saúde formulem estratégias para minimizar os efeitos das queimadas, secas e enchentes sobre a população.

Entre as principais funções do Centro de Clima e Saúde estão a geração de conhecimento científico e tecnológico, a capacitação de profissionais especializados, o fortalecimento da capacidade de resposta do SUS frente a fenômenos climáticos adversos e o suporte na criação e avaliação de políticas públicas voltadas para a Amazônia.

Espera-se que esta unidade se torne um ponto de referência para países da América Latina e Caribe, especialmente em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e nas discussões internacionais relacionadas à adaptação às mudanças climáticas.

O ministro destacou a Amazônia como uma prioridade no AdaptaSUS, alinhado à iniciativa Mais Saúde Amazônia Brasil, mencionando que há mais de R$ 4,5 bilhões em obras em andamento na região.

“Estamos fortemente investindo na construção de novas unidades de saúde, hospitais e unidades básicas fluviais, além da adaptação das estruturas existentes para atender as particularidades da Amazônia, com conectividade e kits de telessaúde”, explicou Padilha.

Com a criação do CCSRO, o Brasil se junta a países como Reino Unido e Estados Unidos, que também dispõem de estruturas voltadas à integração entre clima e saúde pública, porém com um enfoque exclusivo na região amazônica – uma área estratégica do ponto de vista ambiental e sanitário.

Além deste projeto, o Ministério da Saúde anunciou em novembro um investimento adicional de R$ 9,8 bilhões para ações de adaptação do SUS diante das mudanças climáticas.

O AdaptaSUS prevê medidas de curto, médio e longo prazo, como fortalecimento de sistemas de alerta, ampla vigilância em saúde, capacitação de equipes, obras em áreas vulneráveis, investimento em pesquisas e plataformas integradas de dados, além de assegurar a continuidade do atendimento em situações críticas e aprimorar a preparação do SUS para eventos climáticos extremos.

Outras ações em Rondônia

No mesmo evento, Alexandre Padilha participou da inauguração do primeiro hospital universitário de Rondônia, fruto de uma cooperação entre a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a Prefeitura de Porto Velho e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

Também foi assinado o contrato para aquisição do prédio que, após reformas, será cedido à UNIR para funcionar plenamente como hospital universitário.

O ministro anunciou ainda um investimento de R$ 157,5 milhões do programa Novo PAC Seleções para Ji-Paraná (RO), destinado à construção de uma maternidade, duas Unidades Básicas de Saúde e uma Unidade Odontológica Móvel.

Essa maternidade fará parte do programa Agora Tem Especialistas e beneficiará mais de 10,5 mil gestantes anualmente, incluindo 1,5 mil casos de alto risco, reduzindo a necessidade de deslocamento para Porto Velho e ampliando o acesso a atendimentos especializados no interior do estado.

Em Ji-Paraná, foi inaugurada também a carreta de saúde da mulher do programa Agora Tem Especialistas, que oferece mamografias, ultrassons, exames para detecção de câncer de colo de útero, atendimentos especializados e biópsias quando necessário.

Padilha ressaltou que Rondônia já conta com duas carretas do programa operando, e que ao todo o Brasil possui 41 carretas em serviço em 24 estados e no Distrito Federal.

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