Brasil inicia diálogo com EUA para negociar tarifas elevadas

Geraldo Alckmin anunciou que o governo brasileiro mantém um canal aberto de conversação com os Estados Unidos, na tentativa de reverter a alta tarifa de 50% sobre produtos nacionais. O Brasil pretende usar como vantagem seus minerais estratégicos e a atração de data centers.

As negociações, que já ocorriam há algum tempo, ganharam força após o presidente Donald Trump elogiar a boa relação com Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU.

Alckmin ressaltou a importância dos recursos minerais do Brasil, como terras raras e minerais estratégicos, e a intenção de agregar valor dentro do país, visando fortalecer a cadeia produtiva nacional.

Ele também mencionou o programa ReData, que busca atrair data centers para o Brasil, destacando que o país é o terceiro em geração de energia renovável, o que é essencial para esse tipo de empreendimento.

Recentemente, houve avanços nas negociações após a Casa Branca zerar tarifas para celulose e ferro-níquel, itens importantes na balança comercial brasileira, o que representa um alívio significativo para o país.

Alckmin afirmou que o Brasil continua a diversificar seus mercados comerciais, destacando acordos com Singapura, EFTA e a expectativa de um pacto com a União Europeia ainda este ano.

Ele acredita que a combinação dessa aproximação com os EUA, novos acordos comerciais e a possível queda nas taxas de juros pode impulsionar o crescimento econômico nacional.

Sobre o cenário interno, destacou a necessidade de reduzir rapidamente a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, para diminuir o custo do crédito e da dívida pública. Segundo ele, a queda do dólar e dos preços dos alimentos contribui para reduzir a inflação, o que favorece o crescimento.

Além disso, enfatizou a meta de déficit zero para 2025 e espera que a Câmara aprove o projeto que isenta do Imposto de Renda pessoas com renda mensal de até R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula.