Brasil segue barato e atrativo para investir, aponta JPMorgan

O banco de investimentos norte-americano JPMorgan aponta que o Brasil ainda é um país atrativo, onde os investidores podem encontrar opções baratas com retornos potenciais expressivos, de acordo com relatório publicado nesta quinta-feira (17).

“O Brasil permanece atraente do ponto de vista de valuation, sendo negociado a um dígito e abaixo da média histórica”, aponta o documento.

Segundo os analistas do banco, os setores da bolsa brasileira aparecem com avaliações distintas, com empresas de commodities, serviços básicos e saúde com preços descontados.

Já companhias de tecnologia vão na direção oposta, com valores acima da média, enquanto o restante dos segmentos está com preços alinhados.

Após o índice MSCI Brazil – um parâmetro usado no exterior para medir o desempenho do mercado brasileiro olhando para suas grandes empresas – inlcuir o Nubank, Stone, Inter, XP e PagSeguro no seu prospecto, o JPMorgan buscou reavaliar o cenário de investimentos no país.

A dança das cadeiras no indicador ainda contou com a inclusão da Embraer e retirada das Lojas Renner. Desse modo, o setor financeiro passou a ser mais expressivo do que o de commodities pela primeira vez no MSCI Brazil, passando de 27,5% para 38%.

Apesar de o MSCI ser uma referência, o JPMorgan avalia que é necessário o investidor estrangeiro também considerar, para avaliar o cenário, o valuation do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira.

O questionamento é que após as mudanças no indicador estrangeiro, a listagem da bolsa ficou ainda mais distinta do MSCI.

Um exemplo apontado pelo JPMorgan está no setor imobiliário: enquanto três imobiliárias estão incluídas no índice do Ibovespa, não há nenhuma no MSCI Brazil. “Assim, estivemos cegos em termos de avaliação setorial para imóveis”, pontua o relatório.

“Como forma de fornecer dados setoriais completos no que diz respeito à avaliação, decidimos introduzir um múltiplo para o Ibovespa”, conclui.