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Brasil vê disputa EUA-China como oportunidade para aumentar exportações

Auxiliares de Lula citam cenário favorável para vender mais soja, carne de frango e sorgo ao mercado chinês
O governo brasileiro observa com otimismo moderado a decisão da China de reagir às tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump com medidas equivalentes sobre os Estados Unidos.
A China anunciou alíquotas de importação de 10% e 15%, que abrangem US$ 21 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos.
A avaliação de ministros é de que as retaliações chinesas poderão abrir espaço para que o Brasil aumente suas exportações ao país. Pondera-se o risco, porém, de aumento na inflação de alimentos.
Além da soja, o mercado brasileiro pode se beneficiar de maiores de exportações de carne de frango e de sorgo, um tipo de semente utilizada em ração animal.
No primeiro mandato de Trump, o Brasil chegou a exportar mais soja diante de uma disputa semelhante entre os dois países.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), acredita que o Brasil precisa agir com pragmatismo, sem parecer que há um alinhamento com a China, diante das retaliações.
“O Brasil tem, nessa disputa, uma grande oportunidade, mas precisa ter pragmatismo, buscar fixar parcerias duradouras e não se envolver na [disputa] retórica. Ou seja, contratos de longo prazo e associações com empresas dos países destinatários de nossas exportações”, disse Jardim.
No Itamaraty, entretanto, avaliação é de que uma guerra comercial não é boa para ninguém. A diplomacia brasileira ainda evita falar sobre negociação com os americanos em um cenário que define como “abstrato”.
Nesta terça-feira (4), Trump voltou a citar o Brasil ao mencionar a imposição de tarifas a produtos estrangeiros. A menção foi minimizada pelo governo.

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