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Brasileiro é atropelado fatalmente por caminhão na Irlanda e família mobiliza campanha para repatriar corpo

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Um brasileiro de 34 anos faleceu após ser atingido por um caminhão na sexta-feira (11), em Dublin, Irlanda. Rômulo Cerasuolo estava a caminho do trabalho no parlamento da capital irlandesa quando o acidente ocorreu. Ele morreu no local.

A família, que reside em Itápolis, interior de São Paulo, solicitou auxílio ao Ministério das Relações Exteriores para o traslado do corpo, utilizando a Lei Juliana Marins, porém foi informado que a norma ainda não está em vigência. Amigos e parentes iniciaram uma campanha nas redes sociais para ajudar no traslado.

O Itamaraty foi contatado e esta matéria será atualizada quando houver resposta oficial do ministério.

Segundo familiares, Rômulo mudou-se para a Irlanda buscando melhores oportunidades e conseguiu se estabelecer em Dublin. Ele trabalhava na limpeza da Leinster House, sede do parlamento irlandês.

Por volta das 8h30 de sexta-feira, enquanto caminhava para o ponto de ônibus, foi atropelado por um caminhão na Ballyboden Way, uma via central da cidade.

A polícia local, Garda, informou que o motorista parou e acionou o socorro, mas Rômulo já estava sem vida. O corpo foi levado para necropsia em Whitehall e a cena do acidente foi investigada. Foram recolhidas imagens de câmeras de segurança, inclusive da cabine do caminhão.

Os parentes também relataram que Rômulo planejava retornar ao Brasil em agosto para levar seu cachorro à Irlanda.

Rômulo veio para a Irlanda em busca de uma vida melhor, como muitos de nós. Trabalhava com dedicação, vivia de forma simples e sempre manteve seu compromisso com a família no Brasil, que agora enfrenta não apenas a dor pela perda, mas também a dificuldade financeira para trazer o corpo de volta,” postou Janaína Vieira, amiga da família que mora no mesmo prédio que Rômulo em Dublin.

Familiares e amigos criaram uma vaquinha online com o objetivo de reunir R$ 30 mil para cobrir parte dos custos do traslado para Itápolis. Até a tarde de domingo (13), o valor arrecadado ultrapassava a meta, chegando a R$ 31.381,05.

Nas redes sociais, a tristeza pela perda do brasileiro foi compartilhada por familiares e amigos.

“Esse sorriso ficará para sempre no meu coração. Esse lindo é meu primo Rômulo Girassol Cerasuolo. Era filho único, amado e querido por todos, sonhador e corajoso, admirado pela educação e carinho para com todos… Infelizmente, um acidente fatal o levou,” escreveu Mara Girassol Cerasuolo, prima de Rômulo.

Nova lei para custear translado de corpos de brasileiros no exterior

No mesmo dia do falecimento de Rômulo, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que altera a Lei de Migração para definir em que situações o governo federal pode bancar o traslado de corpos ou restos mortais de brasileiros falecidos no exterior e sem condições financeiras.

De acordo com a proposta, a União poderá arcar parcial ou totalmente com as despesas para trazer os corpos ao Brasil, desde que haja parecer favorável do Ministério das Relações Exteriores, a família não tenha recursos e não tenha seguro que cubra tais custos. Não pode haver restrições sanitárias e o falecido deve ser visitante ou residente temporário no país onde ocorreu o óbito.

O governo poderá priorizar, com a autorização da família, a cremação e o repatriamento das cinzas, por questões sanitárias, logísticas ou econômicas. Os procedimentos para a concessão do auxílio serão estabelecidos pelo Itamaraty.

A lei é uma homenagem a Juliana Marins, brasileira que faleceu após uma queda na encosta do vulcão Rinjani, na Indonésia, em junho. O traslado do corpo dela ao Brasil foi custeado pela prefeitura de Niterói (RJ).

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