Brasileiros preferem candidato independente de Lula e Bolsonaro para 2026

De acordo com uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada recentemente, 24% dos brasileiros acreditam que o melhor para a eleição presidencial de 2026 seria a vitória de um candidato que não tenha ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, 17% dos entrevistados gostariam que um nome novo, fora do meio político, fosse eleito.

A pesquisa mostra que cresceu o número de pessoas que consideram que Lula não deveria tentar a reeleição. Atualmente, 59% acreditam que ele não deve concorrer a um quarto mandato, enquanto na pesquisa anterior esse percentual era de 56%. Por sua vez, o índice dos que acham que Lula deveria disputar caiu de 42% para 38%.

Por outro lado, a maioria dos brasileiros também rejeita a candidatura de Bolsonaro. Embora inelegível, ele se mantém como pré-candidato para a próxima eleição. Setenta e seis por cento dos entrevistados acreditam que o ex-presidente deveria apoiar outro nome, enquanto 26% defendem que ele continue na disputa.

A pesquisa, realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, entrevistou 2.004 pessoas presencialmente, e sua margem de erro é de dois pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Lula continua a liderar em cenários de segundo turno, superando a maioria dos adversários. Dos dez candidatos avaliados, o petista venceria nove, exceto em uma possível repetição do segundo turno de 2022, contra Bolsonaro, onde estão tecnicamente empatados: Lula com 42% das intenções de voto e Bolsonaro com 39%.

No que se refere à avaliação da gestão de Lula, houve uma diminuição nos índices favoráveis, especialmente na área de segurança pública.

Em outra declaração, feita em 24 de outubro, Lula afirmou que “traficantes também são vítimas de usuários” de drogas, o que gerou discordância da maioria dos brasileiros. A pesquisa revela que 81% dos entrevistados discordam dessa afirmação, e mesmo entre os apoiadores de Lula, o percentual de discordância é de 66%.

A opinião do presidente sobre a megaoperação policial contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, realizada em 28 de outubro, também não foi aceita pela maioria. Lula classificou a operação como “desastrosa”, mas 57% das pessoas consultadas discordam dessa avaliação.