Saúde
Brasília tem Dia D com mais de 99 pontos para aplicação de vacina
Com uma tenda ao lado de onde se via rinocerontes, o Zoológico de Brasília foi palco do lançamento da Campanha Nacional de Multivacinação no Distrito Federal. O Dia D chega à capital com o objetivo de ampliar as coberturas vacinais. A ação envolve imunização contra doenças como hepatite, meningite, pólio, pneumonia, febre amarela, varicela, HPV, difteria, tétano, covid-19 e gripe, entre outras. Serão mais de 99 locais com funcionamento até o dia 9 de setembro.
Até o fim da campanha, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) pretende aplicar mais de 400 mil doses de imunizantes e, assim, atualizar a caderneta de vacina de todas as faixas etárias, especialmente de crianças e adolescentes de até 14 anos.
“Queremos aumentar a cobertura vacinal no DF e temos uma parceria maravilhosa com o Zoológico. As entregas que fazemos na SES-DF só existem por conta desse tipo de união. Temos hoje shoppings, escolas e feiras aplicando imunizante, além das nossas salas de vacina nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde]”, calculou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Parceria endossada também pelo diretor-presidente do Zoo, Raul Gonzalez: “Só temos a agradecer pela possibilidade de sediar uma iniciativa tão importante. É um trabalho conjunto que deve continuar.”
A gestora da pasta ainda destacou que o sucesso do evento não foi mérito dela e, sim, de uma equipe dedicada que não permite que doenças imunopreveníveis possam ser uma ameaça à saúde das famílias brasilienses. Além da vacinação, servidores da SES-DF aproveitaram para atualizar dados dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O RecadastraSUS-DF busca manter as informações de pacientes atualizadas para melhor gestão e atendimento ao público. O procedimento pode ser feito em qualquer UBS, pelo telefone 160 (opção 5) ou virtualmente.
Diretor de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti participou da abertura e destacou a importância de manter o cartão de vacina em dia. “Nosso programa nacional de imunização completa 50 anos neste ano. Graças a ele conseguimos eliminar do nosso território a paralisia infantil, a rubéola congênita, controlamos a coqueluche, o sarampo e as meningites. Só que essas doenças ainda circulam por aí, e precisamos garantir coberturas vacinais altas para proteger a população”, alerta.
Vacina em dia
Marla Ribeiro, mãe do pequeno Nicolas, de apenas 2 anos, está sempre atenta ao calendário vacinal. “Ele só precisava tomar a gotinha. Chorou um pouco, mas logo passou. Mesmo pequenino eu sempre procuro explicar sobre a importância da vacinação. Agora, ele já está se divertindo e adorando a presença do Zé Gotinha, do Capitão América e dos outros personagens”, conta.
Ao levar a família para passear no Zoológico, Thales Nascimento se deparou com as equipes da SES-DF e aproveitou para tomar a bivalente de covid-19 e o imunizante contra a gripe. “Foi muita sorte encontrar a campanha de vacinação no caminho. Já adiantou muito a vida porque teria que parar durante a semana e ir à UBS”, avalia.
Cuidado redobrado
Em um cenário que repete a realidade nacional, as coberturas vacinais no DF estão abaixo das indicadas pelas autoridades de saúde pública, tendo sido registradas repetidas quedas a partir de 2017. Em 2018, o país perdeu o certificado de eliminação do sarampo, por exemplo.
Na capital federal, com exceção da BCG (contra a tuberculose), todas as vacinas do calendário infantil estão abaixo da meta de 95% de cobertura para crianças de até 1 ano. Estima-se que a população do DF tenha, atualmente, 38 mil crianças de até 1 ano, segundo projeção do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).
Agosto Dourado
Durante o evento, a SES-DF também montou uma sala de amamentação no Zoológico, em alusão ao Agosto Dourado, mês da campanha que incentiva o aleitamento.
A capital do Brasil é a única cidade do mundo a ter autossuficiência do alimento em unidades neonatal. Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês. Mais de 10.990 litros de leite foram coletados, volume que superou em 14% o mesmo período de 2022.
A servidora pública Thaissa Victer, 33 anos, estava com o filho Theo, de 2 anos, e agradeceu o momento de pausa: “O ambiente montado para nós ficou lindo! Aproveitei para descansar, tomar água e dar de mamar. O aleitamento protege o bebê, além de aproximar a mãe do filho”, destaca.
Agência Brasília.
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