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Brasília tem quarta menor inflação entre 13 capitais do país, diz IBGE

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DF teve alta de 0,69% em fevereiro; índice foi de 0,93 em janeiro, diz órgão. No acumulado do ano, apenas Brasília e Belém tiveram aumento do IPCA.

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Brasília teve em fevereiro a quarta menor inflação entre 13 capitais do país, com alta de 0,69% segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado nesta segunda-feira (14). No acumulado dos últimos 12 meses, a capital federal teve aumento de 9,82%, em janeiro, para 9,95%, em fevereiro no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – apenas Brasília e Belém tiveram crescimento durante o período.

Segundo o IBGE, as capitais com menor inflação em fevereiro foram Vitória, com 0,28%, Campo Grande (0,54%), e Rio de Janeiro (0,68%). As três cidades com maior alta entre as pesquisadas foram Salvador (1,41%), Recife (1,29%) e Belém (1,11%). A pesquisa aponta que o índice no país foi de 0,90% no mês passado.

Em Brasília, sete das nove categorias pesquisadas tiveram aumento. O maior impacto foi na educação, com alta de 6,48%. Segundo a Codeplan, o fator ocorre devido ao reajuste de mensalidades de escolas, faculdades, cursinhos e academias. O custo dos alimentos, em mercados ou em restaurantes, também ficou maior: 1,79%. Em terceiro lugar, aparecem artigos de residências, que ficaram 1,19% mais caros em fevereiro.

Os outros grupos que apresentaram alta foram despesas pessoais (0,87%), vestuário (0,86%), saúde e cuidados pessoais (0,70%) e comunicação (0,67%). De acordo com o estudo, habitação teve diminuição de 0,42% no mês e transportes apresentaram queda de 1,41%.

Segundo a Codeplan, a expectativa é de que Brasília tenha inflação maior neste mês. As chuvas devem afetar o preço de verduras, frutas e legumes. “Tem uma sazonalidade, então a gente deve esperar que em março a inflação seja um pouco maior que a do mês de fevereiro”, afirma o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da companhia, Bruno de Oliveira Cruz.

O cálculo do IPCA de fevereiro foi baseado na comparação de preços coletados pelo IBGE entre 29 de janeiro a 29 de fevereiro e 30 de dezembro a 28 de janeiro.

No bolso
Temendo alta nos preços dos produtos mais básicos a dona de casa Luzia Maria de Jesus fez uma compra de 28 pacotes de feijão há seis meses. “Estou fazendo isso porque cada dia que você vai está um preço. Por isso que eu cuido da geladeira, para não ficar velha. Porque ela conserva geladinho, né?”

Na época, a dona de casa pagou entre R$ 2,79 e R$ 2,99 por cada pacote. Hoje, os mercados vendem por até R$ 5. O feijão foi um dos produtos que tiveram maior aumento em fevereiro no DF – o subgrupo de leguminosas, cereais e oleaginosas (como castanhas) teve alta de 4,44%.

O preço da banana prata também cresceu. O valor de R$ 6,49 pelo quilo da fruta fez o aposentado José Alves desistir do consumo. “Está um absurdo. A nanica está um absurdo também, olha aí: R$ 3,79. Daqui a pouco ninguém pode comer banana, não.” – o subgrupo de frutas cresceu 7% em fevereiro.

Acumulado do ano
A pesquisa do IBGE aponta que a inflação de Brasília no acumulado dos últimos 12 meses passou de 9,82%, em janeiro, para 9,95%, em fevereiro. Em Belém, o índice passou de 9,97%, em janeiro, para 10,02%, em fevereiro.

Na média nacional, o número caiu de 10,71% para 10,36%. As outras 11 capitais pesquisadas apresentaram queda entre os dois primeiros meses do ano.

Apesar da alta entre janeiro e fevereiro, Brasília tem a quarta menor inflação no acumulado dos últimos 12 meses, atrás de Vitória (8,94%), Belo Horizonte (9,24%) e Campo Grande (9,79%).

As capitais com maior variação nos últimos 12 meses foram Fortaleza, com alta de 11,82%, Curitiba (11,71%), Porto Alegre (11,45%), Recife (10,58%) e Salvador (10,47%).

 

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