Economia
Bulgária se prepara para adotar o euro com medo da inflação
A Bulgária está se preparando para a introdução do euro, tornando-se o 21º país a adotar a moeda única europeia, o que gera preocupações sobre possíveis aumentos nos preços e instabilidade política.
À meia-noite (19h do dia 31 em Brasília), o país aposentará oficialmente o lev, sua moeda que está em circulação desde o final do século XIX.
No Mercado das Mulheres, o mais antigo e maior mercado da capital Sófia, os preços já são exibidos tanto em lev quanto em euros.
Vlad, um aposentado de 66 anos, comenta que toda a Europa está se adaptando ao euro e acredita que a Bulgária também conseguirá. Ele acrescenta que o mais importante é que o país permaneça integrado à Europa, afastando-se da influência de Moscou.
Lucy, vendedora de uma banca no mercado, já aceita pagamentos em euros e acredita que o público terá facilidade em se acostumar com a nova moeda.
Alguns moradores expressam preocupação de que os preços possam subir, pois o valor que antes era 4 lev poderá se tornar 4 euros, enquanto os salários permanecerão inalterados.
De fato, os preços de alimentos já aumentaram 5% nos últimos 12 meses até novembro, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística.
As autoridades buscam tranquilizar a população, assegurando que a adoção do euro trará dinamismo econômico a um dos países mais pobres da União Europeia, além de proteger a Bulgária da influência russa.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirma que o euro trará benefícios concretos para cidadãos e empresas búlgaras, facilitando viagens, aumentando a transparência, competitividade e comércio.
No entanto, a Bulgária enfrenta desafios significativos, como recentes protestos anticorrupção que derrubaram o governo conservador de coalizão em menos de um ano no poder e a perspectiva de novas eleições legislativas, totalizando oito eleições em cinco anos.


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