Economia
C6 Bank registra lucro de R$ 1,049 bi no semestre e prevê ganhos altos para 2025

C6 Bank, que completou seis anos, divulgou um lucro líquido de R$ 1,049 bilhão nos primeiros seis meses de 2025, representando crescimento anual de 8% e marcando o terceiro semestre seguido com resultados positivos. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado atingiu 43%, um dos maiores do setor financeiro. Com esses números até junho, o banco digital, parceiro do americano JPMorgan, projeta um lucro recorde para 2025.
“Vamos continuar vendo o ROE nesse nível nos próximos semestres”, declara Philippe Katz, diretor financeiro (CFO) da instituição. Para a segunda metade do ano, o banco já considera um cenário de juros elevados e uma economia mais lenta. Por isso, as linhas de crédito garantidas devem continuar impulsionando o crescimento dos empréstimos, levando a carteira para cerca de R$ 80 bilhões ao fim de 2025. “Prevemos que o segundo semestre supere o primeiro em lucros e expansão da carteira”, explicou.
O C6 encerrou junho com uma carteira de crédito ampliada para R$ 72,4 bilhões, aumento de 49% em um ano. Deste total, quase 80% correspondem a créditos garantidos, como consignado e financiamento de veículos, percentual superior ao de dois anos atrás, que era de 73%, conforme comenta Katz. As operações de crédito para empresas representaram 11% da carteira. O banco finalizou o período com 37 milhões de clientes.
A inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, ficou em 3,2% no semestre, ante 3,1% em junho de 2024. Esse leve aumento deve-se à implementação da resolução 4966, que, entre outras mudanças, exige provisões baseadas em perdas esperadas pelos bancos. Sem essa regra, a inadimplência teria caído para 2,1%, o que significa uma redução de um ponto percentual em um ano.
“Este nível de inadimplência de 3% continua confortável. Estamos seguros para crescer a carteira de crédito mantendo esse patamar”, comentou Katz. As despesas com provisões totalizaram R$ 996 milhões no semestre, uma queda de 5% em relação ao ano anterior.
O consignado representa 46% da carteira de crédito do C6, cerca de R$ 30 bilhões. Contudo, o banco ainda está começando com cautela em relação ao novo consignado privado lançado pelo governo no primeiro semestre. “Iniciamos com atenção redobrada no consignado privado para entender todo o processo operacional”, disse Katz.
Além do crescimento da carteira de crédito, outro destaque no primeiro semestre foi o aumento de 64% nos depósitos, que totalizaram R$ 93,5 bilhões. Um dos motivos para essa elevação foi a criação da nova área private para clientes de alta renda, lançada há pouco mais de um ano e que vem ganhando força, afirma Igor Rongel, chefe de investimentos e private banking. Esta área foi nomeada C6 Graphene.

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