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Caça ao assassino de Charlie Kirk chega ao terceiro dia nos EUA

A busca pelo suspeito acusado de matar o ativista conservador Charlie Kirk avançou para o terceiro dia nesta sexta-feira (12), após as autoridades americanas solicitarem o apoio da população para identificar o homem que foi registrado pelas câmeras de segurança.
Kirk, um influenciador republicano de 31 anos e aliado do ex-presidente Donald Trump, faleceu na quarta-feira (10) após ser baleado enquanto participava de um evento na Universidade do Vale de Utah, na pequena cidade de Orem.
O suspeito ainda está foragido. Até o momento, o diretor do FBI, Kash Patel, não divulgou novas informações durante uma coletiva realizada na noite de quinta-feira, na qual as autoridades não aceitaram perguntas e reforçaram o pedido de ajuda ao público.
“Precisamos de toda a colaboração possível. Qualquer vídeo ou fotografia que tenham, por favor, enviem para nossa página de denúncias”, declarou o governador de Utah, Spencer Cox.
Quase 20 agências federais, estaduais e locais participam da investigação, tendo entrevistado mais de 200 pessoas e analisado mais de 7 mil pistas até agora.
Entretanto, a identidade do suspeito, seu possível motivo e paradeiro continuam desconhecidos.
O FBI divulgou imagens de um homem considerado o “possível autor do disparo” na quinta-feira, além de anunciar uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem à sua captura.
As imagens mostram um homem usando boné preto, óculos escuros, tênis esportivos e uma camiseta preta com o que parece ser a bandeira dos Estados Unidos.
Durante a noite, as autoridades soltaram um vídeo em que o suspeito aparece correndo sobre um telhado e depois pulando em direção ao solo antes de se afastar para uma área vizinha.
Em meio à falta de informações concretas, surgiram diversas teorias conspiratórias nas redes sociais.
Condenação contra a violência
Kirk foi atingido por um tiro no pescoço durante um debate com estudantes no campus universitário.
As investigações indicam que um único disparo foi feito a quase 200 metros de distância a partir de um telhado.
Uma arma foi encontrada em uma área florestada que, segundo as autoridades, seria a rota de fuga do suspeito: um rifle de alta potência que pode ser o instrumento do crime.
Os investigadores também recolheram marcas de calçado, da palma da mão e do antebraço no local.
Embora o motivo e a identidade do suspeito permaneçam incertos, Trump inicialmente culpou a esquerda, mas adotou um tom mais moderado na quinta-feira.
“Ele defendia a não violência. Quero que as pessoas ajam dessa forma”, afirmou o ex-presidente ao tratar da morte de um de seus principais aliados, que foi fundamental em sua vitória eleitoral ao atrair o eleitorado jovem.
Quando questionado sobre as potenciais motivações do crime, Trump limitou-se a dizer: “Tenho uma pista, mas falarei mais tarde”.
O corpo de Kirk foi levado para Phoenix, Arizona, na quinta-feira, em um avião do vice-presidente JD Vance, que ajudou a transportar o caixão. A viúva, Erika Kirk, estava presente na viagem.
Impacto político
O assassinato foi condenado por diversos setores políticos, em um raro momento de unidade na polarizada opinião pública americana.
Apesar disso, mensagens confrontadoras e teorias da conspiração continuam a circular intensamente nas redes.
“Eles estão em guerra contra nós”, declarou o jornalista Jesse Watters, da Fox News, na quarta-feira.
Kirk foi morto enquanto respondia a uma pergunta sobre a violência armada nos Estados Unidos.
Trump confirmou oficialmente a morte de Kirk e anunciou que lhe concederá a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil do país.
Pai de dois filhos e defensor fervoroso dos valores conservadores e cristãos, Kirk era uma figura muito conhecida no meio político americano por fundar a organização “Turning Point USA” em 2012, que tem como finalidade promover ideias conservadoras entre os jovens.
Ele alcançava grande audiência nas redes sociais e era presença constante em universidades, onde debatia ideias diretamente no campus com estudantes.
“Ele realmente transformou o ambiente político nas universidades americanas, levando os jovens a enxergarem diferentes perspectivas conservadoras”, afirmou Dave Sanchez, que participou do evento no dia do crime.
O assassinato chocou a nação, que tem presenciado um crescimento da violência política nos últimos anos.
Trump sofreu duas tentativas de assassinato durante a campanha presidencial de 2024.
Neste ano, a deputada democrata Melissa Hortman e seu marido foram mortos, e a residência do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi alvo de incêndio criminoso.

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