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Caesb aciona polícia contra grevistas por suposta sabotagem na rede do DF

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Problema em Sobradinho durou quatro horas na madrugada desta terça. Movimento teria causado falha; sindicato nega envolvimento no caso.

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Representantes da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) dizem ter registrado uma ocorrência na tarde desta terça-feira (31) contra funcionários em greve, por suspeita de sabotagem do sistema de abastecimento de água. Segundo a companhia, uma ação criminosa do movimento grevista teria interrompido o fornecimento de água em quadras e condomínios de Sobradinho I e II, na madrugada desta terça.

O sindicato que representa os funcionários da Caesb (Sindágua) afirmou que “desconhece e condena” as acusações de sabotagem, e diz que a companhia já foi condenada anteriormente pela Justiça ao levantar esse tipo de suspeita. A categoria volta a se reunir em assembleia nesta quinta (2).

A Caesb diz que registrou várias ligações de moradores de Sobradinho, desde a madrugada, por falta de água nas tubulações. Em visita ao local, a equipe técnica da companhia concluiu que a água foi retirada do sistema por pessoas que tinham “conhecimento da rede”.

O caso foi interpretado pela Caesb como uma tentativa dos grevistas de prejudicar a população para barganhar o reajuste. Os servidores pedem reajuste de 19% nos salários e redução da carga horária, e estão com os braços cruzados desde o dia 15 deste mês. A Caesb oferece 2,5% e diz que já concedeu um reajuste entre 16% e 17%, em outubro.

Uma ocorrência sobre o caso foi registrada na 13ª Delegacia de Polícia e uma sindicância interna foi aberta, diz a empresa.

O comando de greve do Sindágua afirma que está “se esforçando” para manter o efetivo mínimo de 30%, exigido pela legislação, para atender às emergências da rede.

Negociação
O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, disse  que a empresa não tem condições de dar reajuste salarial de 19% aos funcionários. Luduvice se disse “surpreso” com o índice pedido e classificou a pauta como “ilusão”.

Luduvice disse ainda ser contra a redução da jornada de trabalho pleiteada pelo sindicato, de oito horas diárias para seis horas. Para ele, a medida refletiria na qualidade da prestação do serviço e na quantidade de horas extras. “O sindicato está fora da realidade. A crise chegou para todo mundo, inclusive para uma empresa como a nossa. A ordem do momento é apertar o cinto.”

 

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