O cabelo é uma proteção natural da pele da cabeça. Age, em especial, como filtro solar natural, protegendo contra o frio e o traumatismo. A quantidade média de cabelos no couro cabeludo varia de 100 a 150 mil fios. O ciclo biológico dos folículos pilosos não é sincronizado entre as unidades adjacentes, assumindo comportamento de mosaico no couro cabeludo.
Uma pessoa perde, em geral, de 100 a 130 fios por dia; e ele cresce 0,35mm a cada 24 horas. Em geral, o ciclo normal do cabelo programado geneticamente resulta numa troca de todos os fios num período de 3 a 5 anos, variando de pessoa para pessoa.
Esse fenômeno pode ser percebido pelos pacientes de várias maneiras. Ao dividir o cabelo ao meio, a linha de divisão fica mais evidente (sinal da risca); e, ao prender o cabelo (rabo de cavalo), o prendedor fica mais solto ou é necessário dar mais voltas no elástico utilizado. Conforme evolução do quadro, o couro cabeludo torna-se mais evidente, podendo ficar totalmente aparente nos casos mais avançados.
Conheça os tipos de alopecia mais comuns na prática clínica.
1. Alopecia areata:
Sua causa é desconhecida. Costuma apresentar-se em forma de círculos redondos no couro cabeludo, ainda que também possa estender-se a outras zonas do corpo. É um tipo de queda de cabelo muito relacionada com situações de estresse. Afeta por igual homens e mulheres e pode aparecer em qualquer idade. Uma em cada mil pessoas sofre este tipo de alopecia. Em determinados casos pode levar a completa desaparição do cabelo, mas, no geral, ele volta a crescer, sendo certo que são muito frequentes as recaídas em pacientes que já tiveram um quadro anterior.
Na mulher, este tipo de alopecia é mais suave que no homem, pois só aparece na parte dianteira do couro cabeludo, deixando o cabelo mais rarefeito em algumas regiões, porém não expõe completamente o couro cabeludo, salvo raras ocasiões.
2. Alopecia androgenética:
Também conhecida como “calvície comum”. Corresponde a aproximadamente 90% das alopecias atendidas no consultório dermatológico, apresentando perda de fios difusa do vértex e região frontal do couro cabeludo de homens e da linha média do couro cabeludo de mulheres. Está associada a sensibilidade individual ao estimulo androgênico (testosterona) de cada um; geneticamente determinada, tem início após a adolescência e em adultos jovens e, apesar de não cicatricial, é progressiva e não se observa repilação espontânea, se não for instituído o tratamento adequado. Pode ocorrer de forma análoga em mulheres, relacionada a situações de hiperandrogenismo relativo (menopausa e síndrome dos ovários policísticos, por exemplo).
3. Alopecia difusa ou eflúvio telógeno:
É a perda aguda e progressiva do cabelo após doenças crônicas ou febris, estresse emocional, parto no caso das mulheres, etc. O cabelo se desprende facilmente ao fazer tração sobre ele. Não chega a produzir uma calvície total, mas o cabelo é escasso e tem um aspecto muito liso. O elemento desencadeador encontra-se geralmente de 3 a 5 meses antes do começo da queda.
Entre suas causas, destacamos 3 principais:
- Endócrinas: hipertiroidismo ou hipotireoidismo;
- Medicamentosa: Existem determinados medicamentos, (caso dos anticoagulantes, medicamentos psiquiátricos, anticonceptivos orais, tratamentos de quimioterapia, etc.) que podem provocar perda da espessura do fio, até chegar a sua queda;
- Metabólica e nutricional: A má nutrição é um dos principais motivos da alopecia difusa, pois faz com que o cabelo fique seco, frágil e muito fino. As raízes são muito quebradiças e o cabelo de cor negra pode adquirir uma tonalidade acobreada.
Existem várias formas de tratamento. Podem ser administrados medicamentos sistêmicos, tópicos, prescrito o uso de lâmpadas LED domiciliar ou laserterapia em consultório médico. O correto é, antes de instituir qualquer tratamento, inicialmente seja feito o diagnóstico com um dermatologista que encontre a causa da alopecia e inicie o tratamento adequado.
Quer saber mais sobre alopecia? Procure seu dermatologista!
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