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Câmara de São Bernardo instaura CPI para investigar prefeito afastado e suspende salário
A Câmara Municipal de São Bernardo do Campo aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades envolvendo o prefeito afastado Marcelo Lima (Podemos). A medida foi tomada em uma sessão marcada por debates acalorados.
A comissão também investigará o presidente afastado da Câmara e primo do prefeito, Danilo Lima (Podemos), o vereador Ary de Oliveira (PRTB) e outros servidores públicos que estão afastados. O objetivo é apurar detalhadamente os contratos públicos relacionados ao esquema.
A Polícia Federal (PF) acusa os políticos e servidores de realizar fraudes em licitações nas áreas da saúde e obras. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou os suspeitos na segunda-feira (18/8), pedindo a perda dos mandatos e a inelegibilidade por oito anos. A Justiça já recebeu a denúncia e aguarda possíveis respostas dos acusados.
Durante a sessão, houve disputa pelo comando da CPI entre os vereadores João Viana e Julinho Fuzari, ambos do partido Cidadania. Viana é ligado ao opositor do prefeito Alex Manente e acusa Fuzari, líder do governo, de tentar manipular as investigações.
Além disso, os vereadores João Viana, Shell Gomes (Cidadania) e Luana Eloá (MDB) solicitaram oficialmente a suspensão do pagamento salarial de quaisquer servidores públicos investigados.
A denúncia do Ministério Público aponta que Marcelo de Lima Fernandes e outros envolvidos desviaram recursos públicos por meio de empresas ligadas à prefeitura e à Fundação ABC. O esquema teria começado em 2022 e continuado até a recente operação da PF.
Se condenados, os réus podem receber penas que variam de três a dez anos, além de multas e perda definitiva dos cargos públicos. A promotoria também pediu a reparação financeira dos danos causados à Fazenda Pública no valor de R$ 16.913.124,00.
Entre os investigados estão servidores e empresários como o operador financeiro Paulo Iran Paulino Costa, o servidor conhecido como “Renegade” Antonio Rene da Silva Chagas, e sócios de empresas como a Quality Medical e o Consórcio São Bernardo Soluções.
Em resposta, a Prefeitura de São Bernardo do Campo informou que está comprometida em fornecer todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos e destacou que a situação não impacta o funcionamento dos serviços públicos da cidade.

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