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Câmara do DF quer 3 semanas para decidir se pretende punir Juarezão por servidor fantasma

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Jogador de futebol era empregado como funcionário do gabinete. Juarezão pode ser afastado da Corregedoria.

Deputado Juarezão (PSB), em entrevista (Foto: Mateus Vidigal/G1)

O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), estabeleceu um prazo de até três semanas para que a Mesa Diretora decida sobre a abertura de processo disciplinar contra o deputado Juarezão (PSB). O parlamentar é suspeito de empregar um “funcionário fantasma” que, na verdade, joga futebol no time do Ceilândia.

De acordo com Joe Valle, o deputado já deu explicações sobre o episódio. Oficialmente, disse que não tinha conhecimento que Gustavo Araújo Passos era contratado como jogador de futebol.

Por ora, faltam os esclarecimentos do jogador e do time e o depoimento do chefe de gabinete do deputado Juarezão. Além disso, a investigação da Polícia Legislativa pretende apurar internamente quem atestou a folha de ponto de Gustavo Passos.

 

“Como já oficiamos o clube, agora eles precisam mandar os documentos”, declarou Joe Valle nesta sexta-feira (23).

“Já chamamos o servidor, e acredito que em duas ou três semanas, o processo já está instruído e, dentro os limites que a câmara tem, vamos tomar as decisões necessárias”, continuou Joe Valle.

Jogador Gustavo Araújo Passos, lateral-direito do Ceilândia (Foto: TV Globo/Reprodução)

Depois disso, o assunto é levado para apreciação da Mesa Diretora. Se decidirem continuar com o processo, o assunto é remetido à Corregedoria. Como Juarezão, no entanto, é o atual corregedor, deve ser eleita uma pessoa para cuidar especificamente do caso.

Se este corregedor chamado “ad hoc” determinar prosseguimento e não houver arquivamento em nenhuma comissão, o deputado pode acabar com o mandato cassado. O caso também pode motivar o Ministério Público a entrar com ação por improbidade administrativa.

 

O presidente da Câmara Legislativa, deputado Joe Valle (Foto: TV Globo/Reprodução)

Relembre

Gustavo Passos é titular do Ceilândia, mas uma secretária do gabinete do distrital informou que o atleta trabalhava na Câmara das 9h às 19h. A reportagem, porém, o procurou no trabalho pessoalmente e por telefone durante duas semanas e nunca o encontrou. Em dezembro de 2017, ele recebeu salário de R$ 4.549,94. Um dia após a denúncia, o atleta foi exonerado.

Nesta terça (20), a Câmara votou por manter o deputado Juarezão no cargo de corregedor mesmo após as denúncias. O mandato do distrital à frente da corregedoria acabou em dezembro de 2017, mas ele foi reconduzido à posição após votação por maioria simples.

 

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