Câmara dos EUA aprova lei para evitar paralisação do governo

A maioria republicana da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por uma margem estreita nesta sexta-feira (19) um projeto de lei provisório para o financiamento governamental, com o objetivo de impedir a paralisação federal, conhecida como ‘shutdown’.

Existem divergências internas que tornam incerta a aprovação da medida pelos republicanos no Senado ainda nesta sexta-feira.

Ambas as Casas do Congresso entrarão em recesso na próxima semana, retornando ao trabalho em 29 de setembro.

O ano fiscal nos EUA termina em 30 de setembro, aumentando o risco da paralisação do governo.

A paralisação significaria, antes de tudo, a suspensão das funções não essenciais, resultando em licenças não remuneradas para centenas de milhares de servidores públicos.

O projeto foi aprovado por 217 votos a favor e 212 contra.

Apenas um democrata na Câmara apoiou a chamada “resolução contínua”, enquanto dois republicanos se juntaram aos democratas contra a proposta.

Os democratas no Senado declararam que irão bloquear a medida até que os republicanos concordem em negociar com eles.

Os republicanos, que apoiam o presidente Donald Trump, dominam ambas as Casas, mas devido às regras do Senado, precisarão convencer pelo menos sete senadores democratas a votar a favor do orçamento.

Os republicanos da Câmara apresentaram o projeto de lei no início desta semana para financiar as agências federais até 21 de novembro, incluindo recursos para melhorar a segurança dos funcionários públicos.

Hakeem Jeffries, líder da minoria na Câmara, e Chuck Schumer, líder da minoria no Senado, emitiram uma declaração conjunta na terça-feira protestando que “o projeto de gastos exclusivo dos republicanos na Câmara não atende às necessidades do povo americano e não resolve a iminente crise na área da saúde”.

Na última ocasião em que o Congresso enfrentou o risco de paralisação, em março deste ano, os republicanos recusaram negociar cortes orçamentários profundos e a demissão de milhares de funcionários federais, mas os democratas optaram por não votar contra o orçamento proposto.