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Câmara dos EUA aprova plano de Trump após discurso longo da oposição

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A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou nesta quinta-feira o projeto de lei proposto pelo presidente Donald Trump, que inclui o aumento do teto da dívida americana, ampliação de isenções fiscais federais e cortes em programas sociais essenciais. O projeto, apelidado de “Grande e Bonito” pela Casa Branca, foi aprovado após uma sessão que começou na manhã da quarta-feira e se estendeu por mais de um dia, marcada por debates intensos e o discurso mais longo da história da Câmara, com quase nove horas de duração.

A votação final foi apertada, terminando em 218 votos a favor e 214 contra, com algumas dissidências dentro do partido republicano. O processo enfrentou várias interrupções enquanto líderes tentavam persuadir deputados rebeldes a apoiar o texto. A oposição, liderada pelo democrata Hakeem Jeffries, atrasou a votação com um discurso histórico de oito horas e 45 minutos, criticando o projeto como uma “abominação” que beneficia bilionários e prejudica programas sociais vitais como Previdência Social, Medicare, Medicaid e assistência alimentar para crianças vulneráveis.

Jeffries descreveu os cortes como cruéis e perigosos, enquanto os republicanos desejavam acelerar a votação para aprovar o importante projeto da agenda de Trump. O plano prevê um corte de impostos de US$ 4,5 trilhões, eliminando benefícios fiscais instituídos em 2017, com impacto significativo sobre diversos setores, incluindo energia renovável e veículos elétricos, gerando discordâncias dentro da base republicana, incluindo com o empresário Elon Musk.

Além disso, o projeto eleva o teto da dívida nacional, adiciona bilhões para controle de imigração, defesa militar e programa espacial, mas impõe cortes severos nos gastos com serviços à população de baixa renda, especialmente nos programas Medicaid e Medicare, que sofrerão redução superior a US$ 1 trilhão, afetando milhões de americanos, principalmente negros, como apontado pela democrata Robin Kelly.

Apesar das críticas e divisões internas, o projeto foi aprovado no Senado com voto decisivo do vice-presidente JD Vance e enfrenta pressões para sanção rápida antes do Dia da Independência dos EUA, em 4 de julho. Especialistas alertam que o pacote pode aumentar a desigualdade, beneficiando os mais ricos enquanto arrecada menos recursos para os mais pobres, um ponto que os democratas prometem explorar nas próximas eleições de meio de mandato.

Seth Magaziner, deputado democrata, criticou duramente o projeto, afirmando que os republicanos estão defendendo medidas que prejudicam seus próprios eleitores apenas para satisfazer a vontade de Trump de assinar o projeto em uma data simbólica. O processo legislativo refletiu as complexas negociações e prioridades divergentes entre os representantes, evidenciando os desafios de aprovar uma legislação tão abrangente e controversa.

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