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Campanha anticorrupção na China puniu 300 mil pessoas em 2015

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Polícial em prisão na China(VEJA.com/AFP)

Polícial em prisão na China(VEJA.com/AFP)

Desde que assumiu o cargo de presidente da China, em março de 2013, Xi Jinping instaurou uma forte campanha anticorrupção no país, que resultou em quase 300.000 punições no ano passado. Ao todo, 200.000 integrantes do Partido Comunista da China (PCC), que comanda o país, receberam uma punição leve por suas infrações, enquanto outros 82.000 foram alvos de uma “sanção importante”, como anunciou a Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI), órgão supervisor do PCC, no domingo.

Em ambos os casos, as pessoas punidas precisaram abandonar seus cargos, mas detalhes das sanções aplicadas não foram divulgados. A CCDI informou também ter enviado 54.000 cartas de reprimenda para funcionários do partido único ou do governo.

O número de integrantes punidos representa apenas 0,3% dos 88 milhões de membros do Partido Comunista. As investigações e sanções são realizadas dentro do partido, e apenas os acontecimentos mais graves são, posteriormente, transferidos aos órgãos judiciais. O caso de Zhou Yongkango, ex-chefe de segurança da China e condenado à prisão perpétua em junho de 2015, é um dos exemplos. Zhou foi considerado culpado de aceitar e praticar suborno, abuso de poder e por “divulgar intencionalmente segredos nacionais”.

As autoridades de Pequim expressaram sua intenção de prosseguir com sua ampla campanha anticorrupção, mas muitos especialistas duvidam de sua eficácia, uma vez que a ausência de reformas políticas profundas e a falta de transparência das investigações e procedimentos são muitas vezes apontadas como possíveis ajustes de contas políticos.

(Da redação)

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