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Canadá impõe sanções a cinco oficiais venezuelanos, incluindo um juiz

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“Essas ações ilegais, dirigidas contra autoridades legítimas de nosso país, não são nada mais do que uma tentativa frustrada de pressionar a Venezuela”, disse o governo venezuelano em um comunicado

O Canadá impôs sanções a cinco oficiais seniores atuais ou antigos do governo venezuelano nesta terça-feira (17), afirmando que os indivíduos prejudicaram a democracia, em uma medida rejeitada por Caracas, que classificou a ação como “ilegal”.

O Ministério das Relações Exteriores do Canadá afirmou, em um comunicado, que os alvos das sanções “estão envolvidos na declaração fraudulenta de Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.”

Os alvos incluem Caryslia Beatriz Rodriguez, a chefe do principal tribunal da Venezuela, o Tribunal Supremo de Justiça.

“Essas ações ilegais, dirigidas contra autoridades legítimas de nosso país, não são nada mais do que uma tentativa frustrada de pressionar a Venezuela”, disse o governo venezuelano em um comunicado, acrescentando que a ação mostrou que o Canadá é “um escravo dos interesses imperiais dos Estados Unidos.”

O tribunal não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O presidente Maduro e seu governo sempre rejeitaram as sanções dos Estados Unidos e de outros países, afirmando que se tratam de medidas ilegítimas que representam uma “guerra econômica” destinada a prejudicar a Venezuela. Maduro e seus aliados comemoraram o que chamam de resiliência do país, apesar das sanções, embora historicamente tenham atribuído algumas dificuldades econômicas e escassez às sanções.

Os juízes do Tribunal Supremo de Justiça – incluindo Rodriguez – e as autoridades eleitorais afirmaram que Maduro venceu um terceiro mandato nas disputadas eleições presidenciais de julho.

As autoridades não divulgaram os totais de votos por urna, apesar dos pedidos internacionais para fazê-lo, e rejeitaram um relatório de setembro das Nações Unidas que criticava a repressão à oposição.

A oposição divulgou totais de votos por urna que, segundo ela, mostram uma vitória retumbante de seu ex-candidato Edmundo Gonzalez, que desde então está asilado na  Espanha.

Vários países, incluindo os Estados Unidos, afirmaram que Gonzalez é o presidente eleito da Venezuela.

Os outros quatro oficiais que tiveram sanções impostas pelo Canadá incluem um juiz do Tribunal Supremo, um membro do Conselho Nacional Eleitoral, outro juiz e um promotor.

“O Canadá continua profundamente preocupado com as atividades desestabilizadoras e antidemocráticas do regime Maduro e com a ameaça que elas representam para os venezuelanos e para a região”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Canadá.

Os Estados Unidos, em novembro, impuseram sanções a 21 oficiais venezuelanos, incluindo membros do gabinete de Maduro, por seu papel na repressão aos protestos pós-eleição.

Mais de 20 pessoas foram mortas nos protestos e cerca de duas mil, incluindo dezenas de adolescentes, foram presas.

A procurador-geral da Venezuela disse na segunda-feira que 533 manifestantes presos foram libertados, embora grupos de direitos humanos afirmem que não conseguiram verificar todas as liberações.

CNN

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