O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), disse nesta quinta-feira (21) em entrevista ao Bom Dia DF que uma provável candidatura à reeleição é o “caminho natural” das coisas. Na quarta, ele já tinha dado “pistas” de que buscaria permanecer por mais quatro anos no Palácio do Buriti. Ainda assim, nos dois casos, não cravou oficialmente a candidatura.
“Acho que isso é o caminho natural, mas a decisão sobre 2018 eu vou tomar no momento adequado, em 2018.”
Ele detalhou os desafios para o ano que vem. Entre os assuntos, está a relação com a Câmara Legislativa, que ficou ainda mais estremecida neste fim de ano com a votação do Orçamento para 2018.
‘Cabo de guerra’
Em uma sessão conturbada, deputados alegaram que o governo apresentou de “última hora” uma emenda que pretende direcionar R$ 1,2 bilhão do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev) para despesas correntes, como casamento comunitários. O assunto seria votado ainda neste ano, mas, por falta de consenso, foi adiado para 15 de janeiro.
O governador rejeitou as críticas do presidente da Câmara, Joe Valle (PDT), de que a emenda sobre o uso do Iprev tenha sido apresentada às pressas. “Não tem nenhum projeto que foi encaminhado sem que a Câmara tivesse oportunidade de fazer apreciação com calma e votação com calma.”
Segundo o governador, a proposta é essencial para o DF. Rollemberg diz que ela vai permitir inclusive nomear novos servidores da Saúde e reabrir todos os 500 leitos de hospital que estão fechados por falta de pessoal. A área é justamente a que ele considera maior desafio para o ano de 2018.
“Nós estamos concluindo o estudo da Secretaria de Saúde de quantos profissionais e que profissionais precisamos para reabrir os leitos fechados.”
Eleição para administrador
Rollemberg também comentou o projeto que cria eleições para administrador regional. Ele declarou que ainda precisa analisar o que foi aprovado na Câmara, mas disse que pode vetar tudo e apresentar uma outra proposta novamente.
Na ideia dele, a intenção é fazer com que a eleição seja de fato direta. Da forma como ficou aprovado na Câmara, o governador tem poder de escolha final, com a função de selecionar um dos três mais eleitos em cada região.
“A partir de fevereiro, quando a Câmara for reaberta, nós vamos encaminhar nossa proposta de eleição direta para administrador.”
“[O projeto aprovado] ele pode ser vetado ou pode ser sancionado. Eu vou avaliar o projeto, quais são as consequências dele”, continuou o governador.
Lei de Responsabilidade Fiscal
Rollemberg anunciou que vai nomear 200 médicos neste mês de dezembro. Esse efetivo vai se somar a um conjunto de profissionais que entraram no funcionalismo público uma vez que o DF deixou o quadro de restrição imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Quando o governo gasta mais de 46,55% do que arrecada só para pagar orçamento, a LRF impede novas contratações ou reajustes.
De acordo com o governador, as novas nomeações que prevê até o fim do mandato, no entanto, não vão trazer de volta a sombra da LRF.
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