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Canteiro de obras de monotrilho é ocupado por moradores de rua em SP

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Só duas das 18 estações previstas para o monotrilho foram inauguradas.
Metrô diz que problema é social e que não está associado às obras.

As obras da Linha Ouro do monotrilho, na Zona Sul, estão paradas. Os canteiros foram ocupados por moradores de rua, que armaram barracos no meio da Avenida Jornalista Roberto Marinho. Há pelo menos nove barracos construídos embaixo das vigas, onde o monotrilho deverá passar no futuro, como mostrou o SPTV.

Na Zona Leste, a cena é parecida. Vários moradores de rua ocupam o canteiro de obras da Linha Prata do Monotrilho, na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello.

O consultor Jorge Souza mora em uma travessa da Avenida Roberto Marinho há 40 anos. Ele diz que antes não tinha ninguém vivendo nas ruas por ali.

“Realmente a segurança ficou muito ruim, a conservação ficou muito ruim, e o transito de maneira geral ficou muito ruim. A gente entende que essas pessoas precisam de algum lugar para se acomodar, mas não têm o menor apoio”, afirma.

Administrador de um prédio localizado em frente ao monotrilho, Aparecido Inácio afirma que há muito lixo do local.

“Parece que a Cracolândia saiu do Centro e veio para os bairros. O Campo Belo foi um dos pontos de parada”, afirma.

No início do mês, o Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, garantiu que o metrô cuida dos canteiros da Linha Ouro: “A linha 17, nós fazemos vigilância, nós tiramos, pedimos apoio à polícia para combater essas pessoas que estão embaixo das obras, fazemos um trabalho para que os canteiros não gerem problema para os vizinhos”, afirmou Pelissioni.

No entanto, a situação é crítica nos canteiros de obra.  Os terrenos, inclusive, geram custos para o governo do estado. Só de IPTU, o estado paga R$ 98 mil por mês pelos terrenos por onde passam o esqueleto da Linha Ouro. O IPTU do esqueleto da linha prata consome R$ 85 mil por mês de IPTU.

Só duas das 18 estações previstas para o monotrilho foram inauguradas.

Em nota, o Metrô disse que a presença de moradores de rua e de pessoas em situação de risco na cidade de São Paulo é uma questão social, que não está associada às obras e nem restrita à região visitada pela reportagem.

A Prefeitura disse que para resolver esse problema é preciso uma ação conjugada entre o governo do estado, a Prefeitura e o Metrô, e informou que está à disposição para enfrentar o problema.

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