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Caos em aeroporto de São Paulo após ciclone
Passageiros cansados enfrentam longas filas, falta de informações claras e noites no chão após o cancelamento de mais de 300 voos causado pelo ciclone extratropical que atingiu o estado de São Paulo.
O Aeroporto de Congonhas vive uma situação difícil desde a manhã de quarta-feira, 10 de dezembro. Ventos fortes de quase 100 km/h e mudanças na programação dos voos resultaram no cancelamento de 63 chegadas e 47 partidas até as 15h30 de quinta-feira, 11 de dezembro, conforme dados da Aena, responsável pela gestão do aeroporto. Junto com o Aeroporto de Guarulhos, mais de 300 voos foram cancelados desde quarta-feira.
Experiência dos passageiros
Taciana Martin, 32 anos, e Vitória de Couto, 14 anos, estão presos no aeroporto há mais de 24 horas. Elas chegaram na tarde de quarta-feira para um voo previsto para a madrugada do dia seguinte. As passageiras relatam confusão, falta de orientação e um ambiente lotado e caótico. Sem apoio, receberam apenas a recomendação para tentar dormir no local, o que foi quase impossível.
Vitória comenta a madrugada difícil: “Nossa solução foi dormir no aeroporto. No chão. Na verdade, nem dormir a gente conseguiu”. Taciana diz que pagou caro pela passagem e teve que despachar mercadorias duas vezes, sentindo-se exausta e desrespeitada. Ainda enfatiza os custos elevados, como o preço de um café da manhã no local.
Outros relatos
Aluísio de Carvalho, 67 anos, e Sílvia de Carvalho, 68 anos, tentam seguir para Porto Alegre após mais de um dia entre os aeroportos de Guarulhos e Congonhas. O casal relata ter ficado mais de cinco horas em pé numa fila apenas para remarcar voos, que inicialmente os separou. Devido a problemas de saúde, precisam viajar juntos e só conseguiram um voo no mesmo horário à noite.
O casal descreve a experiência como caótica devido à ausência de organização e falta de alternativas para acomodar os passageiros, o que aumentou o desgaste de todos os envolvidos.
Posição das companhias aéreas
A Latam informou que os impactos das condições climáticas continuam a afetar os voos, recomendando que os passageiros consultem o status antes de irem ao aeroporto e alterem suas viagens se necessário. Para quem precisa de acomodação, a companhia orienta aguardar atendimento ou reservar hospedagem por conta própria, com possibilitação de reembolso mediante comprovante. A Latam também permite alteração de data sem custo para voos interrompidos, desde que dentro de 15 dias e antes da partida original, para ajudar a aliviar os aeroportos.
A Gol afirmou que as operações seguem normalmente nesta quinta-feira, 11 de dezembro, e que alguns atrasos e cancelamentos ocorreram na quarta-feira em razão do mau tempo. Clientes impactados podem alterar seus voos sem custo adicional, mantendo origem e destino, e sem necessidade de ir ao aeroporto para fazer a mudança.

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