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Caos nos aeroportos de São Paulo após cancelamento de voos
A cidade de São Paulo ainda enfrenta os efeitos do ciclone extratropical desde a manhã da última quarta-feira (10/12). Rajadas de vento que ultrapassaram 90 km/h causaram danos e centenas de cancelamentos de voos.
No Aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital, 66 voos de chegada e 51 de partida foram cancelados até as 18h30, totalizando 117 voos afetados só nesta quinta-feira (11/12). Passageiros relatam dificuldades na remarcação de viagens, falta de informações claras e hotéis lotados, enquanto as operações tentam se reorganizar depois das condições climáticas severas.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do país, os impactos do ciclone também foram significativos: 72 voos foram suspensos e 28 redirecionados para outros aeroportos. Em Campinas, no Aeroporto Internacional de Viracopos, a instabilidade causou 22 cancelamentos devido a ajustes na malha aérea, ampliando o efeito dominó na aviação paulista.
Relatos de passageiros
O drama enfrentado pelos passageiros dura horas. O piloto de helicóptero Alberto Barbosa, 58 anos, veio a São Paulo para treinamento e tinha voo marcado de Guarulhos para Navegantes, Santa Catarina, na quinta (11/12) ao meio-dia. “Quando fiz o check-in para despachar a bagagem, soube que o voo tinha sido cancelado. Reservei outro para as 15h30 em Congonhas, mas esse também foi cancelado”, conta. “Terei que pagar a hospedagem e depois pedir reembolso, que pode demorar meses. Já estão todos os voos lotados.”
A publicitária Júlia Fagundes, 25 anos, saiu do Rio de Janeiro para Porto Alegre com uma conexão em São Paulo. “Aqui em Congonhas, aguardo há cerca de uma hora e meia na fila para informações, mas cada atendente dá uma resposta diferente”, diz. “Alguns falam de voos hoje, outros só para sábado. A inconsistência das informações é o maior problema.”
Adriana Santos, 32 anos, chegou em Congonhas com sete horas de antecedência esperando embarcar para Recife. “Tentei despachar a mala às 16h10, mas não deixaram. Preciso ver minha família”, afirma.
Posição das companhias aéreas
A Azul confirmou os cancelamentos nas regiões Sul e Sudeste. Informa que os passageiros têm direito à assistência prevista pela Anac e podem remarcar as viagens até 18 de dezembro gratuitamente ou manter o crédito para uso em até um ano.
A Latam reconhece o impacto dos eventos climáticos e recomenda que clientes verifiquem o status dos voos antes de irem ao aeroporto. Oferece alteração gratuita para voos até 15 dias depois da data original e atendimento para acomodação ou reembolso mediante comprovante.
A Gol afirmou que as operações em Congonhas e Guarulhos seguem regulares na quinta (11/12), porém cancela voos e enfrenta atrasos devido ao ciclone. Autoriza alterações de voo sem custos adicionais dentro da validade do bilhete.
Danos causados pelo ciclone
O ciclone extratropical que atingiu São Paulo e região deixou destruição significativa. Árvores foram arrancadas, carros e vias foram danificados, e milhares de pessoas ficaram sem energia. Diversos bairros sofreram quedas de galhos sobre carros, muros e fiações, gerando prejuízos generalizados e interrupções nos serviços.


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