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Carlos Lupi poderá depor na CPI do INSS na próxima segunda

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Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência e um dos principais focos da CPI do INSS, disse ao jornal O Globo que vai comparecer para depoimento ao colegiado na próxima segunda-feira, dia 8. Ele foi afastado do cargo em maio por causa de um escândalo envolvendo descontos indevidos.

Antes disso, Lupi foi publicamente desautorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no anúncio da demissão de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, decisão que não foi comunicada antes ao ex-ministro.

Recentemente, o presidente da CPI, senador Carlos Viana, cobrou indiretamente Lupi ao iniciar a sessão desta segunda-feira. Embora convocados, alguns ex-ministros ainda não tinham definido datas para prestar esclarecimentos, e a comissão deve priorizar a oitiva dos que estiveram mais recentemente na pasta da Previdência, dando ênfase ao depoimento de Lupi.

Carlos Viana indicou que, após tentativas de contato sem resposta, a comissão pode transformar convites em convocações formais para garantir a participação dos ex-ministros.

No mesmo dia, a CPI ouvirá o advogado Eli Cohen, responsável por denunciar inicialmente as fraudes no instituto. Espera-se que ele forneça detalhes sobre a origem dos documentos e evidências, além das possíveis envolvências de empresas privadas no esquema fraudulento.

O depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, ainda não está previsto, apesar de já haver um requerimento aprovado para convocação. A comissão pretende ouvir antes ex-ministros e servidores públicos da Controladoria Geral da União, Dataprev e do Ministério da Previdência.

Antunes é apontado como chave na intermediação entre associações fraudulentas e servidores públicos. Relatórios da Polícia Federal revelam que ele movimentou cerca de R$ 53 milhões ligados a sindicatos e empresas ligadas, valor muito acima de sua renda oficial de R$ 24 mil mensais. Parte desses recursos teria sido usada para presentear líderes do INSS, incluindo a compra de um Porsche avaliado em R$ 500 mil, registrado em nome da esposa de um procurador do órgão.

Durante a semana, os membros da CPI planejam se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para discutir pedidos de quebra de sigilo relacionados às movimentações dos investigados no Congresso.

Na semana passada, requerimentos sobre as visitas de Antônio Carlos Camilo Antunes a senadores não foram votados, em razão da imunidade parlamentar que protege tais informações.

Carlos Viana ressaltou a importância de negociar com o presidente do Senado para obter dados essenciais às investigações.

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