Carro de ex-prefeito morto encontrado abandonado no interior

O veículo roubado de Vanderlei Mársico, ex-prefeito de Taquaritinga que foi vítima de latrocínio na última quinta-feira, 10 de julho, foi achado abandonado na terça-feira, 15 de julho, numa área de mata no interior de São Paulo. Vanderlei foi assassinado em sua residência, e o automóvel levado por criminosos.

Segundo relatos da Polícia Militar (PM), um cidadão localizou o carro abandonado em uma região de vegetação e acionou as autoridades. O veículo estava sem placas visíveis e apresentava sinais de tentativa de ocultação.

Peritos foram chamados ao local do achado e realizaram exames com o auxílio do Instituto de Criminalística (IC). Impressões digitais serão coletadas para ajudar na identificação dos envolvidos.

Vanderlei Mársico, 73 anos, foi encontrado morto com sinais de violência dentro de sua residência na Rua Visconde do Rio Branco, no centro de Taquaritinga. O ex-prefeito, que foi localizado por uma funcionária da casa, estava com os pés amarrados e a casa estava revirada, indicativos de latrocínio.

Empresário e político local, Vanderlei já foi prefeito da cidade por dois mandatos, atuou como vereador por três vezes e presidiu a Câmara Municipal. Ele deixa sete filhos.

Desde o final de fevereiro do ano anterior, Vanderlei Mársico estava afastado da prefeitura devido a acusações de improbidade administrativa e danos ao erário público. Ele era investigado por inconsistências nos valores financeiros divulgados pela administração municipal em 2022.

Naquele ano, foi reportado um saldo de R$ 77.807.423,36, mas os extratos bancários indicaram um montante real de R$ 5.983.729,90, aproximadamente 30,55% a menos da receita corrente líquida do município. As irregularidades teriam iniciado em 2017, no primeiro ano do mandato do ex-prefeito.

De acordo com a juíza Taiana Horta de Pádua Prado, da 2ª Vara de Taquaritinga, o afastamento ocorreu após várias tentativas de diálogo entre o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Prefeitura para resolver as questões. Contudo, não houve resposta ou ações eficazes por parte da gestão municipal para corrigir as irregularidades, que persistiram ao longo do tempo.