O carro que matou o ciclista Raul Aragão em outubro estava a 95 km/h no momento da batida, conclui o laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal, que periciou o acidente. A TV Globo teve acesso ao documento, comprovando que o veículo trafegava com velocidade 58% superior à máxima permitida na avenida L2 Norte – de 60km/h.
Ainda de acordo com as análises, o veículo estava em processo de frenagem no momento da batida porque iria pegar o retorno. Na prática, isso significa que o automóvel estava andando em velocidade ainda maior que a de 95 km/h.
No laudo, os peritos atestam que a vítima foi arrastada por 38 metros após a colisão, até atingir o canteiro central da via. Com o impacto da batida, a bicicleta foi arremessada para a faixa central da pista.
Raul Aragão foi atropelado perto da 407 Norte, depois de almoçar no restaurante universitário da UnB, em 21 de outubro. Ele estava a caminho da casa do pai, também na Asa Norte. Quando atravessava a pista com a bicicleta, foi atropelado pelo estudante Johann Homonnai, de 18 anos.
O motorista socorreu a vítima e fez o teste do bafômetro. De acordo com informações da Polícia Civil, ele não estava embriagado. Procurada pela reportagem, a família dele não quis se manifestar.
Em estado grave, Raul foi levado ao Hospital de Base. Teve várias paradas cardiorrespiratórias e traumatismo craniano, além de lesões no tórax, abdômen e perna esquerda. A morte foi confirmada na madrugada do dia seguinte.
Na segunda-feira (6), a ONG Rodas da Paz pediu que o Ministério Público do Distrito Federal investigue o caso. O pedido foi encaminhado por representantes da organização, da qual Aragão fazia parte, e familiares do jovem. Segundo a ONG, o motorista e possíveis testemunhas ainda não foram ouvidas pela Polícia Civil.
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