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Casa Branca vê espaço para cortes de juros pelo Fed
O conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, declarou nesta terça-feira, 16, que há considerável margem para que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, promova mais cortes nas taxas de juros, após os dados mais recentes do payroll.
De acordo com ele, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita que as taxas deveriam ser mais baixas e, se estivesse no lugar dos dirigentes do Fed, buscaria negociar essa redução com os demais membros. Contudo, Hassett destacou a importância da independência do banco central para o país.
Falando sobre o mercado de trabalho em entrevista à CNBC, o assessor ressaltou uma forte tendência de crescimento na criação de empregos no setor privado desde o início da atual administração. Ele explicou que o recente shutdown do governo federal levou as empresas a postergarem contratações, mas mantém uma perspectiva positiva para o próximo ano. “Estou bastante otimista com as projeções de emprego para 2026.”
Em relação ao Fed, Hassett mencionou que, caso o ex-diretor Kevin Warsh seja escolhido para presidir a instituição, ele estará em boas mãos, e que o anúncio do indicado oficial será feito em breve. O republicano tem como possível escolha entre os dois “Kevins”.
Segundo o conselheiro, a inteligência artificial (IA) deve impulsionar a produtividade entre 2,5% e 3%, o que terá reflexos diretos nos salários. “Trabalhadores capacitados em IA estão aumentando sua eficiência e seus rendimentos”, afirmou.
Além disso, Hassett acredita que a adoção dessas tecnologias vai fortalecer o PIB, a renda e a demanda interna, destacando que os EUA dispõem dos melhores chips de IA do mundo e que Trump tem planos para acelerar o desenvolvimento de data centers no país.
Sobre o crescimento econômico, ele afirmou que, focando na oferta, o país necessita de uma expansão superior a 4% e minimizou preocupações quanto à perda de competitividade externa. Em outro ponto, mencionou que a Casa Branca mantém planos de contingência caso a Corte derrube as tarifas comerciais. Por fim, Hassett disse que o governo confia que não ocorrerá outro shutdown em janeiro, embora esteja sempre preparado para essa possibilidade.

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