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Casa da Nanny enfrenta nova acusação de maus-tratos em creche

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O caso envolvendo a Casa da Nanny, creche localizada no Sudoeste que fechou suas portas após denúncias de maus-tratos, ganhou um novo capítulo. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou uma atualização na denúncia após uma nova vítima se apresentar à 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), trazendo novas informações relevantes.

Atualmente, a denúncia envolve 30 pais, mães ou responsáveis como vítimas de crimes relacionados às relações de consumo e 30 crianças como vítimas de maus-tratos e constrangimento indevido.

De acordo com o MPDFT, a acusação original refere-se à suposta prática dos seguintes crimes: maus-tratos, infrações ligadas às relações de consumo, violações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e associação criminosa. O caso está em análise pelo Poder Judiciário.

A Prodecon informou que novas informações continuam a ser recebidas, contribuindo para as investigações em andamento, que podem impactar a esfera criminal. Até o momento, os investigados não colaboraram com o processo. Como se trata de contratos privados, a apuração das irregularidades depende da cooperação das pessoas afetadas.

Aqueles que possuírem informações importantes sobre o caso são convidados a contatar a Prodecon, localizada na sede do MPDFT, sala 112, ou pelos telefones (61) 3343-9851/3343-9548, bem como pelo e-mail prodecon@mpdft.mp.br.

O Metrópoles tentou contato com a defesa da creche, que ainda não respondeu. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.

Contexto da investigação

A 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) iniciou uma operação em maio para investigar denúncias de maus-tratos contra crianças na creche. No início daquele mês, uma reportagem revelou que após alunos apresentarem sintomas de intoxicação alimentar, pais constataram condições inadequadas na cozinha da instituição.

A ação policial foi motivada pelo registro de 22 ocorrências na 3ª DP, relatando maus-tratos contra crianças de até 3 anos. A Casa da Nanny foi fechada após a intervenção da Polícia Civil.

Novos desdobramentos

Durante o inquérito civil, além de investigar outra unidade gerida pelos mesmos responsáveis na Asa Sul, surgiu uma nova linha de investigação em relação a uma escola infantil na Arniqueira.

Essa investigação teve início após reportagem que indicou Helio Edson Alves e Silva — um dos envolvidos na Casa da Nanny — como sócio-administrador da instituição educacional.

Agentes da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) inspecionaram o local após provocação da Secretaria de Educação (SEEDF). Segundo a DF Legal, a escola foi interditada por operar sem alvará de funcionamento. “A escola deve encerrar imediatamente suas atividades sob pena de multa e outras sanções legais”, informou a secretaria.

Foram feitas tentativas de contato com a Escola Educacional, sem retorno até o momento. O espaço segue disponível para esclarecimentos.

Apesar da associação de Helio Edson Alves e Silva com a Casa da Nanny, a defesa da creche, consultada pelo Metrópoles, afirmou que não há qualquer ligação com a escola mencionada.

“Esclarecemos que a Casa da Nanny e a escola em questão são entidades distintas, sem qualquer vínculo societário ou relação direta ou indireta em sua gestão ou estrutura empresarial”, declarou a nota oficial.

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