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Casa luxuosa com estilo versace e paris: esposa de bilionário mostrou a construção

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Cinthya Marques, esposa do bilionário João Adibe, compartilhou em agosto um vídeo mostrando as grandiosas obras da mansão do casal localizada no bairro dos Jardins, em São Paulo, que gerou descontentamento entre os moradores locais. Recentemente, a Justiça proibiu a continuidade da obra e impediu a emissão do Habite-se para o imóvel.

A defesa de Adibe afirma que a construção foi aprovada por todas as autoridades competentes e que foi concluída há meses. Adibe é presidente da farmacêutica Cimed e é considerado o 86º homem mais rico do Brasil, com patrimônio avaliado pela Revista Forbes em R$ 5,6 bilhões.

No vídeo, publicado em um perfil com quase 300 mil seguidores, Cinthya destaca detalhes da residência, como a piscina inspirada no designer Gianni Versace e o lavabo que homenageia a cidade de Paris. Ela compartilha também curiosidades sobre materiais usados na construção, incluindo dezenas de tipos de pedra, com destaque para as pedras nacionais, e o uso de pastilhas artesanais.

À época, a obra estava na fase final, embora recentemente Cinthya tenha questionado se a mansão ficaria pronta ainda este ano.

O vídeo chamou atenção do banqueiro André Schwartz, vizinho da mansão, que encaminhou as imagens ao Condephaat, órgão responsável pelo patrimônio histórico estadual. Para ele, o vídeo foi um desafio às ordens de embargo emitidas pelo Condephaat e pela Subprefeitura de Pinheiros, que já proibiam a continuidade da obra.

A Associação dos Moradores dos Jardins (AME Jardins) entrou com ação civil pública contra a construção, alegando que a obra, inicialmente aprovada como uma reforma simples, na verdade demoliu quase completamente a construção original, preservando apenas a fachada. Um laudo técnico aponta que os trabalhos de terraplenagem e o uso de equipamentos pesados causaram danos à residência vizinha de Schwartz, como trincas e fissuras, prejudicando seu uso normal.

O Jardim Paulista é uma área residencial rigorosamente regulada, que impõe restrições quanto à altura, recuos e preservação ambiental. Segundo a AME Jardins, a construção desrespeitou essas normas, realizando intervenções não previstas, como a construção de um segundo pavimento em uma edícula, além de causar danos à vegetação e à permeabilidade do solo, além de afetar a insolação e a privacidade dos vizinhos.

A juíza Mariana Medeiros Lenz, da 9ª Vara da Fazenda Pública, em decisão recente, ordenou a paralisação imediata das obras. Ela citou penalizações anteriores e ressaltou que houve desrespeito às limitações impostas pelo Condephaat e que a fiscalização foi dificultada, mas foi possível observar que a edícula ultrapassou o recuo obrigatório e atingiu altura superior ao permitido.

A magistrada destacou o risco dos danos irreversíveis ao patrimônio ambiental e urbanístico tombado e determinou multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, com limite de R$ 5 milhões. Também autorizou vistoria completa no imóvel e vetou a emissão do Habite-se, além de exigir que a ação seja registrada na matrícula do imóvel.

Advogados de João Adibe, Daniel Bialski e Fabio Kadi, afirmaram que a obra foi aprovada por todos os órgãos e concluída há meses, negando as alegações de embargo. Informaram ainda que o imóvel possui o Habite-se e que a família já reside lá há algum tempo.

A defesa também mencionou um laudo pericial anterior que afastou a responsabilidade de João Adibe pelos problemas relatados pelos vizinhos, atribuindo os danos à má conservação da residência vizinha. Adicionalmente, uma ação anterior movida pelo vizinho teve suas medidas cautelares rejeitadas pela Justiça.

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