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Centro-Oeste

Casos de estupro no DF: duas ocorrências diárias em 2025

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Na primeira semana de outubro, dois casos chocantes de violência sexual foram registrados no Distrito Federal, evidenciando a gravidade e frequência desses crimes na capital. Um motorista de ambulância foi detido por estuprar uma bebê de menos de dois meses, e um professor está sob acusação de abuso sexual contra uma criança de quatro anos.

Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam que, de janeiro a agosto deste ano, foram denunciados 590 estupros no DF, uma média de dois por dia. Destas vítimas, 517 são mulheres e 73, homens, embora a faixa etária não seja especificada.

Cárcere privado

Em setembro, uma mulher de 36 anos foi libertada pela Polícia Militar após três dias em cárcere privado em Samambaia Sul. Seu namorado a manteve refém, submetendo-a a agressões físicas e estupro, além de gravar sua intimidade sem permissão. O homem foi preso e acusado por múltiplos crimes, incluindo cárcere privado e tortura.

Arrastada a um matagal

Também em setembro, câmeras de segurança captaram um homem levando uma jovem de 20 anos para um matagal em Taguatinga, onde ela conseguiu escapar e pedir ajuda. A vítima recebeu atendimento médico especializado após o episódio traumático.

Entendendo o crime

A psicóloga clínica e neuropsicóloga Alessandra Araújo destaca que o estupro é um ato de violência e domínio, cujo propósito é humilhar e exercer poder sobre a vítima, causando traumas profundos que ultrapassam a dimensão física. Muitas vítimas enfrentam transtornos mentais severos, como estresse pós-traumático, além de sentimentos irracionais de culpa e vergonha.

Aspectos legais

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o estupro é definido como constranger alguém, mediante violência ou ameaça grave, a realizar atos sexuais. As penas variam conforme a vulnerabilidade da vítima e a gravidade do crime, sendo mais severas nos casos de estupro de vulnerável.

Casos recentes

No início do ano, um homem foi preso por estuprar sua filha de 11 anos no Novo Gama (GO). Ele a abandonou na rua após a agressão, e exames comprovaram os abusos sofridos pela criança.

Canais de denúncia

É fundamental que os crimes sejam denunciados para que os responsáveis sejam punidos. O Distrito Federal conta com delegacias especializadas e serviços de plantão 24 horas para atendimento às vítimas, incluindo a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher e as Delegacias da Criança e do Adolescente. Além disso, existem serviços como o Ligue 197 da Polícia Civil, o Ligue 190 da Polícia Militar, e o serviço central de atendimento à mulher, Ligue 180, que funcionam ininterruptamente.

Campanha sinal vermelho

Uma campanha nacional chamada Sinal Vermelho promove um método seguro para mulheres denunciarem abusos. A vítima faz um ‘X’ vermelho na palma da mão e mostra discretamente a pessoas em farmácias, órgãos públicos ou bancos, que assim acionam a polícia imediatamente para auxiliar a mulher em situação de violência.

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