Centro-Oeste
Cemitério fará recadastro de jazigos após confusão com covas
Após a controvérsia envolvendo o soterramento de sepulturas no Dia de Finados, ocorrido em 2 de novembro, o Cemitério Campo da Esperança comunicou que realizará o recadastramento dos jazigos. Esse processo será obrigatório para todos os donos de lotes, e as sepulturas desativadas serão liberadas.
Familiares relataram a impossibilidade de localizar os túmulos de seus entes queridos no Campo da Esperança, situado na Asa Sul, Distrito Federal, devido ao acúmulo de terra em obras sobre os locais de sepultamento.
Os túmulos afetados estão localizados na área das covas rasas, que compreende um total de 841 jazigos na Quadra 116, Setor C.
A administração do cemitério negou qualquer falha na prestação dos seus serviços. Segundo a direção, a adição de uma camada de terra é um procedimento necessário para fortalecer e nivelar o terreno.
“Grande parte dos jazigos nessas áreas já não possuía identificação, em razão do tempo e do abandono por parte das famílias”, declarou o Campo da Esperança em comunicado.
De acordo com o cemitério, os jazigos no Distrito Federal são propriedades privadas, cabendo aos responsáveis manter placas, limpeza e conservação.
“Não só nessas áreas específicas, mas em todo o cemitério, muitas sepulturas encontram-se abandonadas ou pouco cuidadas, algumas há mais de cinquenta anos, o que afeta a manutenção geral do local”, explicou a direção.
Recadastramento obrigatório
A empresa responsável iniciará convocação para recadastramento dos proprietários de jazigos antigos e abandonados.
“A finalidade é identificar os lotes desativados há muito tempo para transferir os restos mortais ao ossuário do cemitério”, informou a administração.
Em diversos casos, não haverá material para remoção devido ao longo tempo desde o sepultamento, que muitas vezes supera quatro ou cinco décadas.
Informações adicionais sobre o cemitério
Nas sepulturas do tipo cemitério-parque, com gavetas internas, não houve colocação adicional de terra.
“Não existe ilegalidade ou desrespeito nesse procedimento, que está previsto nas responsabilidades da empresa concessionária”, justificou o Campo da Esperança.
Segundo a administração, o processo de nivelamento do terreno ainda está em andamento e as sepulturas foram devidamente mapeadas. O manejo da terra é realizado com planejamento, integrando a rotina de manutenção do local.
O reforço do solo com a adição de terra faz parte dos cuidados periódicos do cemitério, necessários devido ao desgaste natural provocado por elementos como vento, chuva, circulação de pessoas e escavações para novos enterros.

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