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centrão desiste de cassar glauber e apoia suspensão temporária para motta

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O Centrão na Câmara federal abandonou a ideia de cassar o mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ao perceber que não teria votos suficientes para derrotá-lo no plenário.

Durante a discussão na noite de quarta-feira, integrantes do grupo recalcularam a estratégia para evitar que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) enfrentasse uma derrota, procurando uma saída que fosse considerada honrosa: uma punição mais leve, que seria a suspensão do mandato por seis meses.

Essa decisão surgiu do receio entre os aliados de Motta de que a votação pudesse prejudicar ainda mais a imagem do presidente da Câmara, que havia sido criticado no dia anterior pela forma como conduziu os trabalhos legislativos.

Na primeira votação, realizada com placar apertado (226 votos a favor e 220 contra), o plenário aprovou o encaminhamento de um relatório alternativo propondo a suspensão de seis meses, cujo mérito seria analisado logo depois.

O resultado serviu como alerta de que não haveria votos suficientes para cassar Braga, com a necessidade mínima de 257 votos, levando à orientação para que parlamentares apoiassem a suspensão temporária.

O ambiente durante a sessão foi de articulação política silenciosa. Hugo Motta aceitou nos bastidores que a suspensão seria a solução institucional possível, pois preservaria a autoridade da Mesa Diretora e reduziria o impacto político, especialmente após o episódio envolvendo a cadeira e as críticas recentes.

Líderes também destacaram que essa decisão ajudava a evitar desgastes com o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e desafeto de Glauber Braga.

A percepção de solidariedade corporativista entre os deputados nas votações desse tipo também influenciou a decisão final. Com isso, governistas e membros do PSOL ajustaram seus posicionamentos, buscando evitar a cassação e apoiar a suspensão.

Deputados como Alencar Santana (PT-SP) e Tarcísio Motta (PSOL-RJ) defendiam que um afastamento temporário era mais proporcional ao caso, e a ministra Gleisi Hoffmann trabalhou para mediar um meio-termo.

O apoio do PSOL ficou evidente com a presença da presidente da sigla, Paula Coradi, e do ministro Guilherme Boulos (Secretaria-Geral da Presidência), que simbolicamente demonstraram unidade durante a sessão, mesmo com divergências internas no partido.

Glauber Braga manteve uma postura confiante, cumprimentando colegas e registrando sua presença no plenário de forma expansiva, apesar do rigor do momento.

Nos bastidores, conversas inusitadas ocorreram, como o diálogo entre o filho da deputada, que recebeu apoio do deputado Capitão Alden (PL-BA) para rejeitar cassações consideradas injustas.

Na base governista, havia movimentações para tentar reverter votos e conseguir abstenções, que beneficiariam Braga. Discursos contra a perda do mandato foram aplaudidos, e parte da oposição sinalizou que poderia abster-se para evitar a cassação.

Durante a votação, a tensão aumentou quando o deputado Zé Trovão (PL-SC) acusou o governo de tentar comprar votos para livrar Glauber, o que gerou reação imediata. Hildo Rocha (MDB-MA) pediu que Zé Trovão revelasse os nomes dos supostos envolvidos, ameaçando levar o caso ao Conselho de Ética.

Essa acusação também foi contestada por Carlos Jordy (PL-RJ), que pediu a citação dos supostos corruptos mencionados, gerando aplausos em sua bancada.

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