Centro Pompidou de Paris fechará por 5 anos para reforma

O Centro Pompidou de Paris, conhecido por abrigar uma das principais coleções de arte moderna do mundo em um dos edifícios mais emblemáticos, suspenderá suas atividades a partir desta segunda-feira (22) para passar por um processo de reforma que deverá durar cinco anos.

Famoso por sua arquitetura única com tubos coloridos e escadas rolantes externas, o museu recebe milhões de visitantes anualmente, que vão tanto para contemplar sua estrutura quanto as obras que exibe.

Projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers e nomeado em homenagem ao ex-presidente Georges Pompidou, o museu foi inaugurado em 1977. Com nove andares e uma área de 120 mil metros quadrados, ele já recebeu milhões de visitantes ao longo de 2024.

A coleção permanente foi retirada aos poucos do público desde março, incluindo trabalhos de artistas renomados como Francis Bacon, Frida Kahlo, Salvador Dalí e Marcel Duchamp.

Exposições temporárias ainda podem ser visitadas até esta segunda-feira, quando encerrará a última exibição, uma retrospectiva do artista alemão Wolfgang Tillmans. Esse dia também marcou o fim do funcionamento regular do museu, que estará fechado até 2030.

Durante o fechamento, as obras da coleção permanente serão disponibilizadas em diferentes locais na França e em museus internacionais.

A reforma será liderada pelo casal franco-japonês Nicolas Moreau e Hiroko Kusunoki, acompanhados da arquiteta mexicana Frida Escobedo e pelo grupo de engenheiros AIA Life Designers.

A arquiteta Escobedo comentou que o Pompidou teve grande influência em sua carreira, ressaltando a importância do museu como espaço público aberto e dinâmico, mais do que apenas um contêiner para arte.

O investimento total para o projeto é estimado em 460 milhões de euros, cerca de 2,8 bilhões de reais, com 280 milhões financiados pelo governo francês. Além disso, já foram obtidos 100 milhões de euros, com a expectativa de captar mais 80 milhões nos próximos anos.

A Arábia Saudita contribuiu com uma doação de 50 milhões de euros para a reforma.