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CGU: emendas milionárias financiaram evento inexistente em igreja no Rio

A quantia milionária de recursos oriundos de emendas, investigada pela Polícia Federal (PF) e destinada ao antigo Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, foi utilizada para financiar um evento fictício que teria ocorrido em uma igreja localizada no Rio de Janeiro, conforme aponta um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que foi fundamental para a Operação Kibali, realizada nesta terça-feira (19/8).
As emendas sob investigação, que totalizam R$ 3,8 milhões, foram encaminhadas ao ministério pelo ex-deputado federal Professor Jozimar (Patriota). Um ex-assessor desse parlamentar foi alvo de medidas judiciais, incluindo buscas e apreensão. Ele liderava o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH Brasil), entidade que recebeu os recursos.
Auditores da CGU visitaram os locais indicados para a realização de cursos de capacitação profissional destinados a mulheres na área de informática e a adolescentes em formação de designer gráfico e informática básica. Um desses locais foi a Igreja Ministério Apostólico Resgate (MAR).
As investigações evidenciam que o pastor responsável pela igreja também atuava como instrutor contratado por uma empresa que prestava serviços ao instituto beneficiado pelas emendas. No entanto, o núcleo dessa atividade sob sua responsabilidade não foi encontrado, conforme relatado pela Controladoria-Geral da União.
O relatório da CGU ressalta ainda que a contratação da empresa que empregava o pastor foi realizada pelo instituto através de uma concorrência em que participou uma empresa ligada a um ex-assessor do deputado federal. Essa contratação foi direcionada a uma empresa associada ao pastor, cuja sócia era uma mulher vinculada ao quadro do instituto.
A ex-ministra da pasta — atualmente senadora — Damares Alves (Republicanos) reportou as irregularidades contratuais à CGU. Ela declarou que o ministério conduziu investigações internas que demandaram explicações das entidades envolvidas, as quais acabaram devolvendo mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Destaca-se que ela não está entre os alvos da operação policial.

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